Recebi há pouco uma carta de uma pessoa que sofre com o vitiligo. Ela se dizia desanimada e cética diante dos tantos tratamentos e dos poucos resultados. Esta seria uma última tentativa de compreender como a naturopatia pode agir diante dessa patologia. Eis aqui minhas considerações.
O vitiligo é um distúrbio que acomete a pele, clareando algumas áreas progressivamente. As partes do corpo mais frequentemente afetadas são as mãos, os pés, rosto, pernas, cotovelo e genitais. Entretanto, ele pode se estender com o tempo, seja ampliando suas zonas, seja atacando novas áreas. Não se trata de uma doença contagiosa nem grave. Mas para quem sofre com ela (cerca de uma pessoa em cada dez), as recaídas psicológicas podem ser o fator desencadeante, como em geral acontece em todos os distúrbios crônicos da pele.
Patologia do tipo autoimune, ela se desenvolve a partir de uma predisposição genética. Essa, ao menos, é a hipótese mais aceita. Além disso, é fato que muitas pessoas com a doença apresentem, contemporaneamente, outros distúrbios de natureza autoimune. O resultado é que os melanócitos – as células da pele que produzem e acumulam melanina (o pigmento escuro que dá cor à pele, aos cabelos e pelos) – são agredidos e destruídos pelo sistema imunitário, que não mais o reconhecem como parte do organismo, mas algo estranho do qual se defender.
Por outro lado, parece que o vitiligo tem papel não indiferente à oxidação, principalmente pela presença de um excesso de peróxido de hidrogênio (mais conhecido como água oxigenada) no nível cutâneo. Essa substância pertence às ROS (espécies reativas do oxigênio), especialmente nocivas às estruturas celulares.
Assim, o tratamento naturopático do vitiligo é análogo aos praticados nas outras patologias com características autoimunes, como a psoríase. Embora possa parecer estranho, enquanto a medicina classifica milhares de doenças, prevendo para cada uma delas uma terapia farmacológica específica (e tem como resultado, entre outras coisas, o fato de que basta sofrer de três doenças crônicas diferentes para se ver entupido com uma miríade de medicamentos para o resto da vida, como acontece com muitos idosos), a naturopatia, que não atua sobre a doença, acredita que na base da perda do equilíbrio psicofísico e da saúde interagem um número limitado de fatores. A intervenção sobre eles, sob o ponto de vista causal, dá oportunidade ao organismo para que ele reaja com as próprias potencialidades fisiológicas de auto-regulação e autocura em toda a sua plenitude.
E também para o vitiligo, a naturopatia visa eliminar ou minimizar tudo o que possa alterar o funcionamento normal do sistema imunitário ou, mais corretamente, do sistema bio-psico-neuro-endócrino-imunitário, que é um modo mais atual de se considerar o terreno individual, atuando com um tratamento complexo que contemple as diversas fontes de impacto:
Alimentação: preocupando-se em individuar ou gerenciar prováveis intolerâncias alimentares (o fato de que operações cirúrgicas e traumas de diversos tipos sejam circunstâncias que notadamente podem desencadear o vitiligo é uma outra confirmação da validade da hipótese imunológica; e também aquela oxidativa, porque esses mesmos eventos produzem também estresses oxidativos cutâneos), bem como evitar alimentos e suas formas de consumo que possam dar suporte a inflamações crônicas do corpo, ainda que em baixos níveis;
Microrganismos: como aqueles que são abundantes em nosso intestino e que muitas vezes levam a um desequilíbrio da flora intestinal (disbiose);
estresse: que é também reconhecido pela medicina como causa de ativação do vitiligo, bem como mecanismo capaz de sustentá-lo;
excesso de estrógenos: conhecido fator de alteração da resposta imune, confirmação indireta do fato de que as mulheres sejam mais acometidas por doenças autoimunes do que os homens (a proporção é de 9 para 1), sobretudo na idade fértil, isto é, no período em que a produção de estrógenos atinge seus índices máximos;
intolerância alimentar: a correta alimentação (que seja capaz de controlar principalmente os picos de insulina, hormônio que promove inflamações), potencializa o tratamento naturopático do intestino, dos aspectos psico-emotivos e nervosos, reequilíbrio dos estrógenos, consumo de integradores naturais e fitoterápicos de efeito imunomoduladores, que são, ao menos em tese, os passos necessários a serem cumpridos para um percurso de equilíbrio naturopático.;
contato com subtâncias químicas: é necessário evitar, tanto quanto seja possível, o contato com químicas de vários tipos (entre elas as contidas nas tintas para os cabelos) que podem desencadear ou piorar o vitiligo;
controle do peróxido de hidrogênio em excesso: revela-se útil o emprego de minerais e vitaminas antioxidantes. Além da clássica e sempre válida vitamina C (melhor ainda se associada aos bioflavonóides), E e o betacaroteno, é oportuna a suplementação de glutationa, utilizada por uma importante enzima antioxidante do organismo, a glutationa perixodase, para eliminar o peróxido de hidrogênio, que se transforma em oxigênio simples e água (uma outra enzima, a catalase é pouco eficiente para quem sofre com o vitiligo, por isso se verifica o acúmulo de água oxigenada no nível cutâneo). Para funcionar, a glutationa precisa de um mineral específico, o selênio, que é também um ótimo antioxidante.
controle de problemas endocrinológicos: há ainda alguma relação do vitiligo com o mau funcionamento da tireoide. Por isso, devemos considerar o uso do iodo (oligoelemento). Trata-se de um interessante regulador das funções da tireoide, seja na sua tendência ao hipotiroidismo como no hipertiroidismo, e sobre a qual age de modo favorável na adaptação alimentar mencionada.
Existem, enfim, alguns remédios naturais específicos, que podem ser úteis. Porém, penso que um tratamento causalístico que busca o reequilíbrio individual, como acima descrito, seja mais interessante.
Entre esses medicamentos destaco os aminoácidos como a L-tirosina, da qual deriva a melanina, ou mesmo a L-fenilalanina, que o organismo transforma em tirosina, podem facilitar a repigmentação da pele. Algumas vitaminas do complexo-B, em associação à exposição solar se demonstraram eficazes para a melhora do problema: a vitamina B12 ( cianocobalamina), a B9 (ácido fólico) e o PABA (ácido paraminobenzoico ou vitamaina B10, que na realidade é uma não-vitamina.
No rol dos fitoterápicos, a Gingko Biloba é provavelmente a mais interessante – estudos científicos evidenciaram que ela é útil à promoção da repigmentação, que em algumas pessoas foi total, principalmente nas áreas brancas que não eram ainda de grande extensão. A Ginkgo, na verdade, é um potente antioxidante, um notável antiinflamatório e tem uma ação anti-estresse. Outro recente estudo inseriu entre os remédios vegetais úteis para a doença a cúrcuma (Curcuma longa). A confirmação é bem vinda, mas os efeitos antioxidantes e antiinflamatórios dos curcuminoides eram já bem conhecidos e essa especiaria é comumente utilizada em todas as necessidades de contenção do estresse oxidativo e até para melhorar o humor.
A pimenta negra (Piper longum), em especial um seu determinado princípio ativo, a piperina, parece estimular a produção de melanina por via tópica, ajudando a escurecer as áreas sem pigmentação em tempo relativamente breve. Mas, como disse, o vitiligo é bem mais do que um problema cosmético, e a lógica, ao menos na naturopatia, é agir sobre a causa do desequilíbrio.
Tudo isso sem contemplar os tantos remédios vegetais usados em outras culturas tradicionais como a Picrorhiza kurroa, utilizada pelos ayurvedas. No ocidente as propriedades dessa planta só são conhecidas para as hepatites e mais em geral para as doenças do fígado. No caso da picrorhiza, é verossímil que na base de seus possíveis efeitos sobre o vitiligo estejam relacionados às suas notáveis propriedades antioxidantes (protetoras das reservas de glutationa) e antiinflamatórias.
Espero de ter sido capaz de trazer alguma esperança para quem se sente cético diante da própria doença.
GUEST BLOGGER: Luca Avoledo,
A pele é o maior órgão do nosso corpo e também o que esta mais mais exposto. É o limite entre nós e o meio externo. Ao mesmo tempo que nos protege também nos expõe, já que é a primeira coisa que se observa nas pessoas.
Quando as pessoas olham alguém com alterações de pele comumente reagem com ansiedade. Podem se retirar apressadamente, trocar de assento no ônibus ou virar o rosto.
Alguns, no entanto, ficam olhando fixamente, comentam com o acompanhante, apontam e chamam a atenção ou fazem comentários desagradáveis. A pessoa que parece diferente muitas vezes se isola e evita lugares abertos e movimentados para não ser notada.
Viver com uma doença de pele leva a problemas especiais, não é como conviver com outras doenças. Ninguém pode dizer imediatamente se outra pessoa tem diabetes ou doença cardíaca. O que está escondido é fácil de ignorar. O que nós pensamos de nós mesmos e o que os outros pensam a nosso respeito é afetado pela nossa aparência.
Com o aparecimento do vitiligo vem a perda de algo muito especial. Sua aparência muda e pode continuar mudando e você não tem controle sobre isso. Toda perda envolve mágoa e dor.
Perder algo que é parte de você – e o que pode ser mais parte de você do que sua própria cor? - é muito intenso.
Se você desenvolveu vitiligo, tem que respeitar o seu tempo de adaptação, e isso pode ser um longo processo até você aprender a lidar com essa mudança e por vezes com as mudanças que continuam acontecendo.
Sua família e seus amigos vão provavelmente querer ajudar e apoiar, mas podem não saber como fazê-lo. Eles podem se sentir constrangidos, embaraçados e em dúvida de como falar. À medida que começar a falar e expressar como se sente, irá ajudá-los. Se você começar a falar sobre seus medos, ansiedade e incertezas provavelmente esses sentimentos ficarão menos intensos.
Um dos grandes problemas do vitiligo é que a aparência muitas vezes muda constantemente e a pessoa vive com medo que as coisas possam ficar ainda piores do que estão. Em momentos de mudanças rápidas você pode ter que se reajustar diversas vezes. Sua família e seus amigos podem ter dificuldade em entender isso; irá ajudá-los muito se você compartilhar seus sentimentos com eles.
Talvez seja difícil para sua família entender porque você precisa daqueles momentos de adaptação. Se eles o aceitam como você é, pode ser difícil para eles entender o motivo de você não se aceitar. Eles podem não entender que por vezes você se sente sem controle da sua vida e que gostaria de poder controlá-la novamente. Para eles você é apenas a mesma mãe, mesmo pai, irmão, primo, filho, avô, amigo, que sempre foi.
Se você sente que precisa de mais ajuda para se ajustar com sua aparência do que sua família e seus amigos podem oferecer, não tenha medo ou vergonha de recorrer a um psicólogo.
Muitas pessoas sentem raiva intensa: “Por que isso aconteceu comigo?”, “O que eu fiz para merecer isso?”, “Isso não é justo”., “Eu odeio pessoas que ficam me encarando”. Se você tem esses pensamentos, saiba que a maioria dos portadores de vitiligo tem idéias semelhantes.
Raiva é uma emoção muito intensa, que pode ser bastante assustadora e difícil de lidar. Algumas pessoas acham a raiva tão assustadora e difícil de manejar que ao invés de expressarem sua raiva e frustração elas viram esses sentimentos contra elas mesmas. Fazer isso pode ser bastante autodestruidor e pode separar você de sua família e seus amigos que querem apoiá-lo. Emoções fortes que são suprimidas geralmente levam ao aumento da tensão e estresse no seu corpo; isso é ruim para seu vitiligo, para sua saúde geral e para sua personalidade.
Ao reconhecer sua raiva como fonte de energia, você pode utilizá-la para alcançar algo positivo. Faça sua raiva trabalhar para você e não contra você.
O portador de vitiligo a quem é dito que a doença é “puramente cosmética” e que ele deve “seguir com sua vida”, pode se sentir deprimido e culpado, já que não aceita sua condição.
A doença não é estética, mas também não põe em risco sua vida. Não é contagiosa e nem motivo de vergonha. É importante procurar ajuda especializada, andar de cabeça erguida e fazer o tratamento prescrito. Sua melhora não depende unicamente de você, dos medicamentos ou do médico. É o esforço conjunto que promoverá o melhor resultado.
Vitiligo na Infância
Comumente os pais se sentem culpados pelas doenças dos filhos, independentemente da doença. Isso é errado, não deve haver culpa e sim apoio para o melhor entendimento de como a criança se sente. Crianças pequenas geralmente não se incomodam com o vitiligo a não ser quando os adultos ficam perguntando e comentando sobre as manchas. Para elas não é um problema ir ao médico, mesmo assim converse com ela sobre a consulta e o que vai ser feito.
Crianças maiores têm consciência da doença, já que os colegas da escola costumam comentar e fazer brincadeiras a respeito. Muitas vezes a criança não quer ir ao médico. Converse abertamente com seu filho a respeito do vitiligo, de como ele se sente e prepare-o para a consulta. Faça-o participar do tratamento ativamente, incentive-o a escrever suas próprias perguntas e a conversar com o médico.
Crianças costumam responder muito bem ao tratamento, mas não fale em cura ou tratamentos fáceis (vai tomar um comprimidinho ou passar um creminho e a cor vai voltar). Seja realista e deixe-o saber que a melhora depende dele também e que vai levar alguns meses ou até alguns anos, mas que você estará com ele em todos os momentos.
Infelizmente, apelidos são muito comuns entre as crianças, e as que têm qualquer característica diferente, como usar óculos, ter sardas, ser tímido ou ter vitiligo estão mais sujeitas às brincadeiras dos colegas. Ao invés de ignorar o que está acontecendo ou falar para seu filho não prestar atenção, irá ajudá-lo mais se vocês conversarem juntos sobre o problema. Seu filho vai perceber que você o entende e quer ajudar e, mais importante, que as mudanças na cor da pele não fazem qualquer diferença nos sentimentos que um tem pelo outro. Escute seu filho com atenção, dando espaço e tempo para ele trabalhar sua própria solução.
Uma boa idéia é conversar com a professora dele. Fazendo isso você pode ter certeza que ela entende o que é vitiligo e ela ficará feliz em ter a oportunidade de ensinar as crianças sobre as diferenças.
Para os adolescentes os problemas enfrentados costumam ser um pouco piores. Eles sofrem não apenas pelas brincadeiras e apelidos impostos pelos demais colegas, como também por ser um momento da vida em que afloram coisas como individualidade, vida em grupo e sexualidade.
Então estimule seu filho adolescente a ser parte ativa no tratamento e se ele quiser ir sozinho a consulta isso deve ser permitido. Muitas vezes o adolescente quer conversar assuntos pessoais com o médico e pode ficar inibido pela presença dos pais. Outro aspecto a ser observado é que a ansiedade dos pais por vezes não permite que o adolescente converse com o médico.
Encoraje seu filho em relação aos estudos e a formação do caráter e mostre que o vitiligo é algo a respeito dele e não tudo sobre ele. O adolescente quer se sentir atraente e parte de um grupo e o tratamento adequado, o apoio emocional e muitas vezes maquiagem corretiva e autobronzeadores irão ajudar bastante.
A Pele e o Vitiligo
A pele é o maior órgão do corpo humano e divide-se em 3 camadas. A camada mais superficial é a epiderme, composta principalmente de queratinócitos e melanócitos. Os melanócitos são as células produtoras de melanina, pigmento que dá cor à pele.
A camada intermediária é a derme, onde estão localizadas as fibras colágenas e elásticas que dão sustentação à pele, além de vasos sanguíneos e nervos.
A camada profunda é a hipoderme, ou seja, a gordura, responsável, entre outras coisas, por auxiliar na manutenção da temperatura corporal.
A pele tem diversas funções, dentre elas proteção para as estruturas internas do corpo, defesa imunológica através de células imunes, regulação da temperatura corporal, sensibilidade cutânea, proteção contra os raios ultravioleta.
O vitiligo foi descrito há mais de 3500 anos. Primeiramente, no Egito (no Papiro de Ebers) e na Índia (no livro sagrado Atharva Veda). Na Bíblia, no antigo Testamento, era chamado de “Zara’at”.
É doença muito comum, acometendo aproximadamente 1% da população mundial, ou seja, uma em cada cem pessoas possui vitiligo. Acomete homens e mulheres de todas as raças.
Aproximadamente 25% dos pacientes têm até 10 anos no início da doença. Outros 25% têm idade entre 10 e 20 anos e 95% dos pacientes apresentam vitiligo até os 40 anos.
Como surge o vitiligo? Com a morte dos melanócitos não há mais produção de melanina e a pele perde sua cor, tornando- se branca.
Mas o que leva à morte dos melanócitos? Há diversas teorias que tentam explicar este fenômeno. A mais aceita é a teoria auto-imune, ou seja, os melanócitos são mortos pelas nossas próprias células de defesa que, por algum motivo, passam a atacar e matar os melanócitos.
Outra teoria é a da autocitotoxicidade. Sua base é que a morte dos melanócitos é secundária à sua capacidade diminuída em eliminar os metabólitos tóxicos formados durante a síntese de melanina.
A última teoria importante é a neural, segundo a qual, a morte dos melanócitos seria decorrente de mediadores neuroquímicos liberados pelos nervos e que são tóxicos para os melanócitos.
Nenhuma dessas três teorias isoladamente explica o surgimento do vitiligo. Provavelmente as 3 teorias estão implicadas na doença, mas ainda há muito por ser descoberto.
O quadro clínico do vitiligo é bastante característico, com o surgimento de manchas brancas (cor de leite) em qualquer área corporal, especialmente face, pescoço, genitália, cotovelos, mãos, joelhos e pés.
Alguns pacientes podem apresentar manchas mais claras que a pele normal, mas que não são brancas. Isso ocorre pela sobrevivência de alguns melanócitos no local.
O vitiligo pode ser dividido em dois grupos e a partir daí em 7 tipos de vitiligo:
1) Vitiligo localizado – são 3 tipos de vitiligo (segmentar, focal e mucosas). Uma ou poucas manchas em até 3 regiões corporais, com evolução rápida seguida de estabilização, ou seja, a mancha aparece e cresce rapidamente (semanas ou poucos meses) para em seguida manter seu tamanho e não há surgimento de novas lesões.
2) Vitiligo generalizado – é a forma mais comum. São 4 tipos (vulgar, misto, universal e acrofacial). As manchas são simétricas, acometendo os mesmos locais de ambos os lados do corpo. Pode evoluir rápida ou lentamente, ou estabilizar.
A partir da definição do tipo de vitiligo fica mais fácil determinar a possível evolução do paciente e também os tratamentos com maior chance de sucesso.
Vulgar – tipo mais comum – manchas simétricas em diversas áreas do corpo.
Misto – mistura de 2 tipos de vitiligo – geralmente vulgar e segmentar.
Universal – apresentação bem rara. Mais de 70% do corpo fica branco.
Acrofacial – acomete face e/ou mãos e/ou pés.
Segmentar – vitiligo em faixa e unilateral.
Focal – manchas em 2 ou 3 áreas do corpo.
Mucosas – somente lábios ou região genital.
No vitiligo pode ocorrer o que chamamos fenômeno de Köebner ou isomorfismo, que é o surgimento de novas manchas após um trauma físico como corte, arranhão, queimadura, pancada, etc. Repare se quando você se machuca surge mancha branca no local do trauma. Caso isso ocorra, é importante evitar traumatismos para não surgirem novas lesões de vitiligo.
A DOENÇA NÃO É CONTAGIOSA DE JEITO NENHUM
Em cerca de 30% dos casos de Vitiligo há ocorrência familiar. Portanto, existe o fator da hereditariedade. E a doença ocorre em torno de 1% da população”, diz a médica, divulgando dados percentuais recentes. Segundo ela, o mal pode surgir após traumas ou queimaduras de sol. “Mas também pode estar associada a doenças imunológicas como diabetes, lúpus, doenças da tireóide, esclerose sistêmica e Síndrome de Down.” Como a doença é bem abrangente, e isto poderia ser um dado negativo, existe uma informação positiva: não é contagiosa.
E por que, então, tanta angústia? Talvez pelas dúvidas. Mas a dra. Ana Elizabete está aqui, no Blog da Aninha Camelo, para tirá-las. “As causas do Vitiligo ainda não estão completamente estabelecidas, mas há três teorias para explicá-las: a teoria imunológica admite que o Vitiligo é uma doença autoimune; a teoria citotóxica, que se baseia em algumas substâncias tóxicas como, por exemplo, a hidroquinona, que poderiam levar ao surgimento dessas lesões; e a teoria neural, onde algum mediador neuroquímico causa a doença.”
O Vitiligo pode ter cura, sim, mas a sua evolução geralmente é impossível. Para um resultado – mesmo que nem sempre - positivo, dra. Ana Elizabete aponta, aqui, os tratamentos mais utilizados: “São os cremes e pomadas à base de corticóides e os psoralênicos tópicos ou sistêmicos (comprimidos). Além da exposição solar ou a radiação ultravioleta, conhecida como PUVA, e os tratamentos imunológicos (Protopic ou Elidel), que são os mais recentes”. O avanço nos tratamentos não garante 100% de bons resultados, como esclarece a médica: “O sucesso irá depender do tipo de Vitiligo, da localização e da sua extensão na pele, além da idade do paciente e do tempo de duração das lesões”.
TRATAMENTO POR CONTA PRÓPRIA É TOLICE PRA QUEM
DESEJA A CURA
A extinção do Vitiligo também fica difícil, pois pode haver recidiva das lesões, isto é, elas podem sumir, mas depois voltar. Para ajudar no sucesso do tratamento, algumas ações são permitidas e outras terminantemente proibidas. Alimentação normal, atividades físicas e uso do protetor solar são permitidos. Nem pensar em exposições solares concentradas, bem como tratamentos por conta própria. “Este último é um perigo, pois se trata de automedicação, o que não deve ser feito por ninguém”, alerta a dermatologista, lembrando que há algumas contraindicações para o tratamento: “São apenas em alguns casos, mas que não podem ser esquecidos, como em pacientes alérgicos aos tratamentos; nos pacientes com problemas hepáticos ou renais, no caso dos psoralênicos em comprimidos; e nos pacientes que se expõem continuamente ao sol”, finaliza.
Deixar para depois não é o melhor caminho para o tratamento do Vitiligo. Se a doença, na maioria dos casos, tem seu controle, nada melhor do que buscar estacioná-la. Se não consegue curar, pelo menos as manchas ficarão reduzidas e com uma despigmentação mínima.
Cuidado com as "pomadinhas milagrosas"
Você com certeza já ouviu de alguém: "usa essa pomada aqui que é ótima, além do que, se não resolver, também não vai fazer mal, afinal, é apenas uma pomadinha". O que você não sabe é que esta inocente pomadinha pode provocar efeitos colaterais irreversíveis à sua pele.
Nunca deve-se utilizar um medicamento sem indicação médica, nem mesmo uma pomada ou creme, apenas porque ele foi bom para outra pessoa. As doenças da pele são muito parecidas e cada caso é um caso.
Além do risco de estar usando um medicamento que pode fazer mal à sua pele, ele pode alterar as características da doença e, quando você finalmente resolver consultar um dermatologista porque sua lesões não melhoraram, isto vai dificultar o correto diagnóstico pelo médico.
Siga corretamente as instruções do seu dermatologista
Outra consideração importante é usar o medicamento seguindo exatamente as instruções do seu médico, prestando atenção ao número de aplicações diárias e ao tempo de utilização.
Os medicamentos têm uma forma correta de uso e não adianta exagerar a aplicação na tentativa de melhorar mais rápido, pois isso pode causar prejuízos à sua pele que vão atrapalhar e alongar o tratamento.
Além disso, respeite o tempo de uso que seu médico determinou. Alguns medicamentos de uso tópico, se continuados por longo período, acabam causando efeitos colaterais, como as estrias acima.
Para finalizar, certifique-se sempre de ter entendido a receita do seu médico e tire todas as suas dúvidas antes de sair da consulta. Se as dúvidas surgiram ao chegar em casa, ligue para ele e confirme qual é a maneira correta de utilizar os medicamentos.
Luiza Brunet conta que usa maquiagem para camuflar o vitiligo: ‘Encontrei uma forma de suavizar minha vida com ele’
— É uma doença autoimu ne que não tem cura. Já fiz tratamentos alternativos, mas não vi grandes resultados. Como tem a ver com imunidade baixa, o ideal é ter uma vida tranquila, equilibrada. Só que sou um pouco mais estressada do que o normal. Então, quando se tem picos de nervoso, a doença dá uma deflagrada absurda Aos 38 anos, tive um estresse violento e se espalhou muito. De cinco anos pra cá, outro momento tenso e mais manchas. Hoje, elas se concentram nas mãos, nos pés, joelhos e cotovelos. O que faço é camuflá-las com maquiagem. Acho que encontrei uma forma de tentar suavizar minha vida com ele. Não vou me matar porque tenho vitiligo. Posso ter uma vida saudável, sexualmente maravilhosa, sem focar na doença — afirma Luiza.
A modelo aconselha procurar um dermatologista no primeiro sinal na pele.
— Esse é o ideal porque pode-se tentar estacionar o crescimento do vitiligo. Mas se a pessoas o tiver estacionado, melhor não mexer, deixa quieto — diz a modelo.
E em nome da beleza, Luiza conta que já fez algo que se arrepende.
— Entrei na roubada de colocar silicone. Tive Yasmim com 26 anos, amamentei, sem problemas com flacidez, mas veio a moda do peitão e, aos 29, coloquei. Aos 37, Antônio nasceu, dei de mamar e troquei a prótese por uma menor. Mas meu desejo é tirar. Não tem necessidade de mexer tanto no corpo por uma beleza não verdadeira.
5 comentários:
Caro Sr. Antonio,
Adorei seu artigo sobre vitiligo. Foi bem esclarecedor.Gostaria de me comunicar com o Senhor para tirar minhas duvidas sobre tratamento de vitiligo por portador de hipotireodismo hashismoto. Preciso conversar sobre tratamento ja iniciado, ve se estou no caminho certo. Acho que o Senhor pode me ajudar muito. Meu e mail chrisantinasa@hotmail.com. Desde já agradeco, Chrisantina
Chrisantina envio para vc o endereço do especialista que certamente poderá lhe ajudar :
GUEST BLOGGER: Luca Avoledo, Doutor em Ciências Naturais, naturopata, iridólogo e especialista em ecologia do corpo, nutrição e saúde natural.
http://www.studiodinaturopatia.it/prima.html
http://www.eurosalus.com
Ola antonio,tenho vitiligo dês dos 13 anos hoje com 41,pela o que li a minha e a universal tenho no corpo todo só que como sempre coro atrás da cura e não tive resultado eu resolvi unifica a minha pele, E me falaram que o glutationa ajuda aserela a despigimentacao,gostaria Que me ajudasse
Ola antonio,tenho vitiligo dês dos 13 anos hoje com 41,pela o que li a minha e a universal tenho no corpo todo só que como sempre coro atrás da cura e não tive resultado eu resolvi unifica a minha pele, E me falaram que o glutationa ajuda aserela a despigimentacao,gostaria Que me ajudasse
Ola antonio,tenho vitiligo dês dos 13 anos hoje com 41,pela o que li a minha e a universal tenho no corpo todo só que como sempre coro atrás da cura e não tive resultado eu resolvi unifica a minha pele, E me falaram que o glutationa ajuda aserela a despigimentacao,gostaria Que me ajudasse
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