Desde o início do ano, antes da mudança na regra, de cada cem motoristas parados pela polícia, 28, em média, acabavam presos. Nos últimos dias, esta proporção subiu para 45 em cada 100.
O policial rodoviário é quem dá a declaração: “O senhor está preso por dirigir sob o efeito do álcool”.
A Lei Seca mais rigorosa já está dando resultando. Desde o início do ano, antes da mudança na regra, de cada cem motoristas parados pela polícia, 28, em média, acabavam presos, por terem ingerido álcool antes de dirigir, um crime comprovado pelo bafômetro. Nos últimos dias, esta proporção subiu para 45 em cada 100.
O teste já não é mais a única prova, e a prisão pode se basear em fotos, vídeos ou depoimentos. Uma motorista nem percebeu quando confessou o crime. Ela não queria fazer o teste do bafômetro. Acabou fazendo, e foi reprovada.
De acordo com a lei, quem tiver resultado de mais de 0,30 no bafômetro, ou sinais de embriaguez, é levado para a delegacia e pode ser preso. Apenas em blitz, na noite de sexta-feira (28), na região de Curitiba, seis pessoas acabaram detidas.
Fiscalizações acontecem em todo o país. Mas no Paraná, o rigor tem sido ainda maior. Neste ano, o estado foi o que fez mais testes do bafômetro e o que mais registrou multas e prisões por embriaguez ao volante. Foram 3282 autuações, de janeiro a novembro, e 1077 motoristas presos no Paraná.
“Uma pequena parcela que insiste na prática criminosa de beber e dirigir é retirada da via pública”, afirma Wilson Martinez, da Polícia Rodoviária Federal.
E agora que várias provas podem ser usadas para confirmar o crime de embriaguez ao volante, o bafômetro passa a ser usado como defesa. O motorista Pedro José da Silva, parado pela Polícia Rodoviária, se candidatou ao teste. Assoprou no aparelho, e foi liberado para seguir viagem.
“É muito importante, Deus o livre. É muito importante. O que está acontecendo é acidente nas estradas. Mata mais do que arma de fogo”, diz.
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