O que é ácido úrico?
Alimentação é uma das principais armas contra os altos níveis de ácido úrico no sangue, condição que pode levar ao desenvolvimento de gota.
Dor articular intensa com calor e vermelhidão, principalmente no dedão do pé, é uma das principais manifestações da gota, doença
que provoca inflamação nas articulações pela deposição de cristais de
ácido úrico nelas. Mas você sabia que é possível controlar e até
prevenir essa doença por meio da alimentação?
Produto final do metabolismo das purinas
– elas são o resultado da quebra de aminoácidos presentes nas proteínas
do organismo e nos alimentos – o ácido úrico circula no sangue, está
presente nas articulações e é eliminado predominantemente pelos rins.
Quando há um aumento na ingestão, na
produção ou na diminuição da excreção do ácido úrico que circula no
sangue, ocorre a hiperuricemia – o nível limite de ácido úrico que dá
início à deposição dos cristais nos tecidos é de 6,8 mg/dl.
A principal consequência da
hiperuricemia é a gota, mas nem todas as pessoas desenvolvem a doença,
apesar de terem o ácido úrico aumentado. Algumas condições que favorecem
o aparecimento da doença são a idade, a presença de hipertensão
arterial, a obesidade, o colesterol aumentado e o consumo de álcool.
Além das articulações, outro órgão
acometido pelo aumento do ácido úrico é o rim, que sofrerá com a
formação de cálculos (a famosa pedra no rim) e com uma possível
disfunção renal.
Trabalhos recentes têm mostrado também
que o aumento do ácido úrico no sangue pode aumentar a resistência à
insulina, determinando um maior risco de desenvolvimento de diabetes.
As causas para a hiperuricemia podem ser
de origem genética ou vir do consumo aumentado de proteínas na dieta.
Alimentos como carne vermelha, peixes e crustáceos em geral, além de
cerveja e bebidas ricas em frutose, contribuem para elevar os níveis de
ácido úrico. Já o vinho parece ter um menor efeito nesta elevação.
Como a hiperuricemia, isoladamente, não
produz sinais ou sintomas, manter uma dieta balanceada permanentemente é
fundamental na prevenção do aparecimento da gota.
Nossa dieta colabora com cerca de um
terço da produção do ácido úrico, sendo o restante advindo de forma
endógena hepática, ou seja, o fígado é o responsável pelos dois terços
restantes.
Uma dieta muito rica em proteína,
sobretudo as de origem animal, pode levar à hiperuricemia e à gota.
Bebidas gaseificadas, inclusive água, e jejuns prolongados (mais que
três horas sem se alimentar) também devem ser evitados.
Em linhas gerais, o que se recomenda é
uma alimentação equilibrada, com restrição de bebidas alcoólicas e sem
proteínas em excesso. Alguns alimentos são especialmente ricos em
purinas, como alguns peixes e frutos do mar, miúdos, algumas aves e
determinados tipos de carne, que devem ser evitados por quem apresentar
elevação nos níveis de ácido úrico no sangue.
Alimentos com teor de purinas moderado,
como leguminosas, carnes, peixes e algumas verduras, só não devem ser
ingeridos na fase aguda de crise de gota. Já os com baixo teor de
purinas são permitidos. O consumo de mais de dois litros de água por dia
é extremamente recomendado, pois contribui para uma maior excreção do
ácido úrico.
Alimentos que parecem estar relacionados
a uma redução dos níveis de ácido úrico são café, vitamina C e produtos
lácteos com conteúdo baixo em gordura.
Fonte: IG Saúde
Dra Sonia Orquiza "orientaçõesmédicas"
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