França dá início nesta 4ª ao júri de diretores da empresa de próteses PIP
Cinco executivos serão julgados em Marselha por crimes como fraude.
Implante mamário de empresa continha gel de silicone adulterado.
1 comentário
A partir desta quarta-feira (17), começa em Marselha, na França, o
julgamento de cinco diretores da companhia francesa Poly Implant
Prothese (PIP), que deverão responder pelos crimes de engodo agravado e
fraude devido à comercialização de implantes mamários feitos com um gel
de silicone impróprio para uso médico em substituição ao gel compatível.
O julgamento está previsto para ser concluído em 17 de maio. No entanto, ainda há processos pendentes contra a empresa de controle de certificação TÜV, encarregada de marcar os implantes com o selo de qualidade europeia CE.
Nesta terça-feira (16), a movimentação foi intensa em frente ao centro de convenções Parc Chanot, onde será realizado o julgamento. Durante o dia, advogados de vítimas levaram até o local caixas contendo documentos que integram o processo.
O caso teve origem em uma investigação concluída em 2010 pela agência francesa de Produtos Sanitários, que colocou em xeque as regras para o controle de material médico. Cerca de 30.000 mulheres francesas foram afetadas (cerca de 80.000 próteses foram vendidas entre 1999 e 2010).
Antes de declarar falência no início de 2010, a empresa PIP exportava 80% de sua produção principalmente para América Latina e Leste Europeu, de acordo com o Tribunal de Comércio de Toulon (sul).
O escândalo estourou em março de 2010, após a inspeção da agência, após ter sido alertada por cirurgiões em razão das taxas de ruptura das próteses anormalmente elevadas. Segundo a publicação "Sunday Telegraph", o principal grupo britânico de cirurgia estética, Transform, informou que a taxa de ruptura dos implantes de mama encomendados à empresa PIP era sete vezes maior que as de próteses comuns.
Na fábrica localizada na cidade de La Seyne-sur-Mer (sul), os funcionários imediatamente culparam o gel industrial utilizado na produção. Os implantes foram retirados do mercado e a justiça foi acionada.
O fundador da empresa francesa fabricante de implantes mamários PIP, Jean-Claude Mas, admitiu que produziu um gel de silicone adulterado, derivado de uma fórmula própria, sem homologação do órgão certificador.
Neste período, e desde maio de 2009, a PIP enfrentava dificuldades financeiras causadas por processos judiciais em Estados Unidos e Grã-Bretanha. As autoridades americanas já haviam soado o alarme em 2000, após uma inspeção.
O gel fraudulento custava dez vezes menos do que o gel autorizado Nusil, o que permitia à empresa reduzir seus custos em um milhão de euros por ano.
O julgamento está previsto para ser concluído em 17 de maio. No entanto, ainda há processos pendentes contra a empresa de controle de certificação TÜV, encarregada de marcar os implantes com o selo de qualidade europeia CE.
Nesta terça-feira (16), a movimentação foi intensa em frente ao centro de convenções Parc Chanot, onde será realizado o julgamento. Durante o dia, advogados de vítimas levaram até o local caixas contendo documentos que integram o processo.
Advogado de vítima segura caixa com documentos que integra processo contra a empresa francesa PIP (Foto: Pascal Guyot/AFP)
Uma das próteses da francesa PIP, que fechou as portas em 2010. (Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)
De acordo com a agência de notícias France Presse, o processo reúne
cerca de 300 advogados e abrange ainda 220 denúncias de mulheres
afetadas em 65 países onde eram vendidos os implantes PIP.O caso teve origem em uma investigação concluída em 2010 pela agência francesa de Produtos Sanitários, que colocou em xeque as regras para o controle de material médico. Cerca de 30.000 mulheres francesas foram afetadas (cerca de 80.000 próteses foram vendidas entre 1999 e 2010).
Antes de declarar falência no início de 2010, a empresa PIP exportava 80% de sua produção principalmente para América Latina e Leste Europeu, de acordo com o Tribunal de Comércio de Toulon (sul).
O escândalo estourou em março de 2010, após a inspeção da agência, após ter sido alertada por cirurgiões em razão das taxas de ruptura das próteses anormalmente elevadas. Segundo a publicação "Sunday Telegraph", o principal grupo britânico de cirurgia estética, Transform, informou que a taxa de ruptura dos implantes de mama encomendados à empresa PIP era sete vezes maior que as de próteses comuns.
Na fábrica localizada na cidade de La Seyne-sur-Mer (sul), os funcionários imediatamente culparam o gel industrial utilizado na produção. Os implantes foram retirados do mercado e a justiça foi acionada.
O fundador da empresa francesa fabricante de implantes mamários PIP, Jean-Claude Mas, admitiu que produziu um gel de silicone adulterado, derivado de uma fórmula própria, sem homologação do órgão certificador.
Neste período, e desde maio de 2009, a PIP enfrentava dificuldades financeiras causadas por processos judiciais em Estados Unidos e Grã-Bretanha. As autoridades americanas já haviam soado o alarme em 2000, após uma inspeção.
O gel fraudulento custava dez vezes menos do que o gel autorizado Nusil, o que permitia à empresa reduzir seus custos em um milhão de euros por ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário