Jovem de 22 anos é aprovado em 4 concursos em 3 anos
Diogo Machado foi aprovado na PF, Ministério Público da União e Ibama.
Estudos começaram em 2011; ele busca boa remuneração e estabilidade.
Diogo Machado começou a estudar para concursos com 19 anos
(Foto: Arquivo Pessoal/ Diogo Machado)
Com apenas 22 anos de idade, Diogo Machado já conta com grandes
resultados na sua breve história na área de concursos públicos. Foram 4
aprovações em apenas 3 anos, de 2012 a 2014, em órgãos como a Polícia
Federal, o Ministério Público da União (MPU) e o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)."O que mais atraiu no setor público foi a remuneração. Com a minha formação atual, de ensino médio, e sem experiência, não existia oportunidade na iniciativa privada que pagasse um salário próximo ao do órgão público. Também pela estabilidade, posso fazer planos e assumir compromissos sem medo da incerteza de estar ou não empregado amanhã", afirma Machado.
Atualmente, ele trabalha como técnico administrativo no MPU, mas continua estudando para alcançar o cargo de seus sonhos, de agente da Polícia Federal. O concurso, que está com inscrições abertas, oferece 600 vagas. O salário é de R$ 7.514,33. Nos seus planos também está a conclusão do curso de tecnologia da informação.
Resistência da família
Diogo começou sua busca por uma vaga na área pública em 2011, aos 19 anos, quando fez o concurso para o Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran-SC), mas não foi aprovado. No total, foram 8 concursos até agora. "Nos primeiros sempre ficava muito longe da nota necessária", conta.
Para seguir seu sonho, o jovem encontrou resistência dentro da família. "Alguns parentes diziam que concurso era muito difícil e que era perda de tempo estudar. De alguns amigos ouvia que eu era muito novo, que estava na idade de curtir e que me arrependeria depois de passar essa parte da vida só estudando. Por enquanto não me arrependo de nada, muito pelo contrário", conta.
Focado em concursos na área administrativa, de nível médio, seu primeiro resultado positivo foi o 57º lugar para o cargo de técnico administrativo na Secretária de Saúde de Santa Catarina, em 2012. Suas outras aprovações foram para técnico administrativo no Ibama, em 2012, técnico administrativo no MPU, em 2013, e agente administrativo na Polícia Federal, neste ano.
"O primeiro que fui nomeado foi no MPU. Foi muito rápido, um mês após a publicação do resultado final e homologação já fui nomeado. Quando os outros órgãos chamaram não assumi, pois a carreira no ministério é melhor", ressalta.
Na Polícia Federal, Machado conseguiu o primeiro lugar em sua região, Santa Catarina. O concurso ofereceu 534 vagas de nível médio e contou com 318.832 inscritos, uma concorrência de 597,06 candidatos por vaga.
Ele foi convocado para apresentar sua documentação, mas soube que não havia vaga disponível para a localidade que ele desejava e decidiu ir para o final da lista dos aprovados. "Apesar de não ter assumido na PF, fiquei feliz em me ver diante desse ‘privilégio’ de poder escolher em qual órgão público trabalharia, coisa que até pouco tempo atrás seria impossível até de imaginar", conta.
Orgão | Cargo | Tempo de estudo (específico para cada concurso) | Status |
---|---|---|---|
Detran de Santa Catarina (2011) | Técnico administrativo | 3 meses | Não aprovado |
Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (2011) | Técnico judiciário | 4 meses | Não aprovado |
Comcap de Florianópolis (2012) | Técnico administrativo | 2 meses | Cadastro de reserva |
Secretaria da Saúde de Santa Catarina (2012) | Técnico administrativo | 3 meses | Aprovado |
Ibama (2012) | Técnico administrativo | 4 meses | Aprovado |
DNIT (2013) | Técnico de suporte em infraestrutura de transportes | 3 meses | Não aprovado |
MPU (2013) | Técnico administrativo | 3 meses | Aprovado |
Polícia Federal (2014) | Agente administrativo | 4 meses | Aprovado |
Quando começou a fazer concursos, no meio do ano de 2011, Machado trabalhava em uma loja e percebeu que não ia conseguir estudar por causa da sua carga horária no trabalho. Trocou o emprego por outro em que a jornada era de 6 horas diárias. Ele também foi jovem aprendiz da Espro (Ensino Social Profissionalizante).
Com a escolha da área de atuação, ele passou a estudar de forma contínua as disciplinas comuns em diversas provas como português, informática, direito constitucional e direito administrativo. Assim, quando o edital é publicado, ele revisa essas matérias e inicia o estudo de conteúdo específico de cada prova. "Com essa estratégia estudo para vários concursos da área ao mesmo tempo. Acabo escolhendo os concursos específicos por causa do órgão, da remuneração e da jornada de trabalho", diz.
O estudo de Machado é formado por cursos em videoaulas e materiais digitais (cursos em PDF). Quando nenhum edital está aberto, ele costuma estudar cerca de 3 horas por dia. Com a publicação do edital, a carga de estudos aumento para 5 a 6 horas por dia.
"O importante é a pessoa descobrir qual método de estudo é melhor para ela", afirma o jovem.
Dicas para quem ainda estuda
Segundo Machado, os candidatos que ainda estão em busca de uma vaga em concursos públicos devem focar seus estudos em apenas uma área, mesmo que seja para fazer seleções que cobram apenas nível médio. "Cada área cobra determinadas matérias, não adianta sair fazendo concurso pra área administrativa, área bancária e área fiscal ao mesmo tempo, pois caem assuntos bem diferentes", afirma.
O estudo deve ser bem organizado, com um quadro de horários, em que o candidato poderá priorizar as disciplinas que têm mais dificuldade.
Cargo dos sonhos do jovem é o de agente da PF
(Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Como as provas acontecem entre 60 e 90 dias após a publicação do
edital, Machado ressalta a importância do estudo antecipado. "Este
período é muito curto, principalmente para quem está começando. E essa é
a importância de escolher uma área."(Foto: Divulgação/Polícia Federal)
A última dica do jovem é focar na banca organizadora, com a resolução de provas e questões anteriores da área do concurso, para que o candidato entenda como a organizadora abordas os temas em questão.
E finalmente, esperamos que a presidenta Dilma seja reeleita, para que os concursos tenham continuidade, pois o outro candidato talvez não priorize o concurso público, como já deixou nas entrelinhas do seu programa de governo, em que irá promover as privatizações e realizar terceirização para aumentar a produtividade no serviço público, exigido na carta de intenções da Marina para apoiar a sua candidatura no segundo turno.
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