PROTESTO
Jornalistas mineiros lançam alerta ao povo brasileiro
Durante um evento que reuniu cerca de 100 jornalistas em Belo Horizonte, eles denunciaram o atual favorecimento da candidatura de Aécio Neves nos meios de comunicação brasileiros
Livres do controle do governo de Aécio Neves e seus aliados pela primeira vez em 12 anos, os jornalistas de Minas Gerais vieram a público manifestar à sociedade brasileira sua preocupação com a repetição, em âmbito nacional, da "manipulação de informações" e "práticas antidemocráticas" que viveu por anos a imprensa naquele estado.
Durante um evento que reuniu cerca de 100 jornalistas em Belo Horizonte, eles denunciaram o atual favorecimento da candidatura de Aécio Neves nos meios de comunicação brasileiros. Eles relataram "o nível intolerável" que essas práticas atingiram quando Aécio era governador - e que agora ameaçam a liberdade de informação e expressão em todo o país. "Tais pressões provocaram censura e mesmo demissões de profissionais e uma permanente tensão nas redações", revela o texto.
Leia abaixo a íntegra do alerta:
"Nós, jornalistas mineiros reunidos na noite de 15 de outubro de 2014, em Belo Horizonte, vimos manifestar à sociedade brasileira as nossas apreensões quanto ao grave momento vivido pelo país às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais:
1. Estarrecida, a opinião pública mineira e brasileira deparou-se nos últimos meses com uma escalada da cobertura jornalística das eleições pelos meios de comunicação em claro favorecimento de candidaturas à Presidência da República, seja por meio da manipulação de informações políticas e econômicas, seja pela concessão de espaços generosos a um candidato em detrimento dos outros. Tais fatos, públicos e notórios, são sobejamente atestados por instituições de pesquisa e monitoramento da mídia, revelando uma tentativa de corromper a opinião pública e de decidir o resultado das urnas.
2. Infelizmente, tais práticas antidemocráticas, que atentam contra os princípios constitucionais da liberdade de expressão e manifestação e do direito à informação, fizeram parte do cotidiano da comunicação em Minas Gerais, atingindo nível intolerável nos governos de Aécio Neves. A atividade jornalística e a atuação dos profissionais foram diretamente atingidas pelo conluio explícito estabelecido entre o governo e os veículos de comunicação, com pressão sobre os jornalistas e a queda brutal da qualidade das informações prestadas ao cidadão mineiro sobre as atividades do governo. Tais pressões provocaram censura e mesmo demissões de profissionais e uma permanente tensão nas redações. E quebraram as históricas vocações e compromissos de Minas com a liberdade de pensamento e de ideias, traços distintivos da formação e das tradições históricas do Estado.
3. Diante do exposto e por dever do ofício, nós, jornalistas mineiros, alertamos a sociedade brasileira sobre os riscos que tais práticas representam para a Democracia, para o Estado de Direito e para os direitos individuais e políticos dos cidadãos. Reafirmamos que a essência da atividade do jornalista é a liberdade de expressão e manifestação, assegurando o direito da sociedade à informação, livre e plena.
Durante um evento que reuniu cerca de 100 jornalistas em Belo Horizonte, eles denunciaram o atual favorecimento da candidatura de Aécio Neves nos meios de comunicação brasileiros. Eles relataram "o nível intolerável" que essas práticas atingiram quando Aécio era governador - e que agora ameaçam a liberdade de informação e expressão em todo o país. "Tais pressões provocaram censura e mesmo demissões de profissionais e uma permanente tensão nas redações", revela o texto.
Leia abaixo a íntegra do alerta:
"Nós, jornalistas mineiros reunidos na noite de 15 de outubro de 2014, em Belo Horizonte, vimos manifestar à sociedade brasileira as nossas apreensões quanto ao grave momento vivido pelo país às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais:
1. Estarrecida, a opinião pública mineira e brasileira deparou-se nos últimos meses com uma escalada da cobertura jornalística das eleições pelos meios de comunicação em claro favorecimento de candidaturas à Presidência da República, seja por meio da manipulação de informações políticas e econômicas, seja pela concessão de espaços generosos a um candidato em detrimento dos outros. Tais fatos, públicos e notórios, são sobejamente atestados por instituições de pesquisa e monitoramento da mídia, revelando uma tentativa de corromper a opinião pública e de decidir o resultado das urnas.
2. Infelizmente, tais práticas antidemocráticas, que atentam contra os princípios constitucionais da liberdade de expressão e manifestação e do direito à informação, fizeram parte do cotidiano da comunicação em Minas Gerais, atingindo nível intolerável nos governos de Aécio Neves. A atividade jornalística e a atuação dos profissionais foram diretamente atingidas pelo conluio explícito estabelecido entre o governo e os veículos de comunicação, com pressão sobre os jornalistas e a queda brutal da qualidade das informações prestadas ao cidadão mineiro sobre as atividades do governo. Tais pressões provocaram censura e mesmo demissões de profissionais e uma permanente tensão nas redações. E quebraram as históricas vocações e compromissos de Minas com a liberdade de pensamento e de ideias, traços distintivos da formação e das tradições históricas do Estado.
3. Diante do exposto e por dever do ofício, nós, jornalistas mineiros, alertamos a sociedade brasileira sobre os riscos que tais práticas representam para a Democracia, para o Estado de Direito e para os direitos individuais e políticos dos cidadãos. Reafirmamos que a essência da atividade do jornalista é a liberdade de expressão e manifestação, assegurando o direito da sociedade à informação, livre e plena.
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