1.11.2016

2016 – O grande desafio: crescimento, emprego e renda


O Governo Dilma começou o ano anunciando que pretende implementar medidas para a retomada do crescimento econômico, além do controle da inflação e do desemprego, além de propor uma reforma previdenciária, que sempre foi um tema para lá de polêmico.

Na minha modesta opinião, a retomada do desenvolvimento passa por algumas ações fundamentais para o governo dar a volta por cima e recuperar a confiança da população. Algumas dessas ações dependem efetivamente dos bancos públicos. Para começar, é preciso que a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o FGTS tenham aval para competir com uma meia dúzia de bancos privados para baixar os juros exorbitantes praticados pelo mercado.

Os dos dois bancos mais a utilização de recursos do FGTS podem e devem contribuir muito para alavancar o crescimento econômico do país, através de investimentos em infraestrutura que priorizem o transporte de massa sob trilhos, com verbas direcionadas à continuação de obras de ampliação e construção de linhas de metrô e da malha ferroviária. Além disso devem ser liberados recursos para rodovias, hidrovias, portos e outros meios de transporte. Esta é uma área vital para o desenvolvimento sócio-econômico e regional para garantir a manutenção e ampliação de empregos e renda.

O Governo Dilma tem que avançar na conclusão das grandes obras estruturantes que estão em andamento, principalmente as hidrelétricas, a Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco, que é a menina dos olhos do projeto nacional que impulsionou o desenvolvimento do país na última década.

Paralelamente a essa estratégia, o governo precisa garantir ao conjunto dos trabalhadores que de maneira alguma haverá qualquer tipo de perda ou alteração para pior em seus direitos adquiridos, inclusive no que diz respeito à questão da previdência social, mais diretamente à idade e tempo para a aposentadoria.

Na visão de analistas econômicos do Brasil, com raras exceções, cito aqui os artigos de Bresser Pereira, mostram com muita solidez que o Brasil começará a sua fase de crescimento já a partir de 2016. Para outros economistas, especialmente os que são voltados para a Casa das Garças no ninho tucano, prevalece o pessimismo do quanto pior melhor. Organizações internacionais, como a OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico traz no dia de hoje notícias positivas sobre a estabilização da economia na China e no Brasil, e faz uma análise dos países que formam os Brics e mostra que as economias dos Estados Unidos e do Reino Unido podem regredir.

Como na política e na economia as controvérsias nos debates são mutáveis a cada momento vamos torcer para que, na política e na economia, 2016 seja um ano de estabilidade positiva. Cabe ao governo a árdua tarefa de agir com rapidez nas suas ações positivas para recuperar a credibilidade e restabelecer a esperança no povo brasileiro.

Francisco Rocha da Silva, Rochinha

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