Bombeiros e Defesa Civil retomam buscas a vítima de queda de ciclovia no Rio
- 22/04/2016 08h26
- Rio de Janeiro
Douglas Corrêa e Nielmar de Oliveira - Repórteres da Agência Brasil
O engenheiro Eduardo Albuquerque era corredor e fazia sempre o trajeto da ciclovia. Ontem (21), antes de sair de casa, ele deixou um bilhete para o filho de 15 anos: “Vou correr. Volta já. Te amo”.
As buscas a uma terceira vítima, que seria uma mulher, de acordo com testemunhas, foram retomadas no início da manhã de hoje. Estão sendo utilizados na operação 130 homens do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil e os trabalhos ocorrem com o auxílio de helicópteros, com moto aquática e mergulhadores, além de homens que fazem a varredura da praia com o uso de binóculos. Os mergulhares estão sendo usados na ação porque há possibilidade de o corpo estar preso entre as fendas dos rochedos. A Marinha está dando apoio com um navio-patrulha para evitar que embarcações particulares se aproximem do local com o objetivo de acompanhar o trabalho de resgate.
A Fundação Instituto de Geotécnica (GEO-Rio), órgão de prevenção de encostas da prefeitura do Rio, em uma primeira inspeção técnica, informou que outros trechos da ciclovia não foram afetados. A Geo-Rio disse ainda que nova análise será feita na estrutura assim que o nível da água do mar [ressaca] permitir. O trecho que desabou tem 26 metros e, segundo especialistas, a força do mar teria feito a estrutura cair, provocada por um empuxo da onda, que pegou a estrutura de baixo para cima.
O subsecretário municipal de Defesa Civil, Márcio Motta, disse que a Avenida Niemeyer, que liga São Conrado ao Leblon, permanecerá fechada para que os técnicos da prefeitura e homens do Corpo de Bombeiros possam trabalhar com mais tranquilidade. A prefeitura vai colocar tapumes no local onde a estrutura da ciclovia desabou, a fim de evitar que curiosos cheguem perto do trecho para tirar fotos.
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