8.30.2016

6 técnicas para aprender qualquer coisa — e não esquecer mais


Muitas das estratégias que as pessoas usam hoje só servem para memorizar informações por um tempo. Esqueça isso




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Em muitas carreiras, sua capacidade de aprender rápido (e de forma eficaz) pode determinar se você terá sucesso ou não trabalhando ali. Ou seja, vale levar o assunto bem a sério. É o que defendem Peter Brown, Henry Roediger e Mark McDaniel, autores de "Make It Stick: The Science Of Successful Learning" (Fixe a aprendizagem: a ciência de aprender com sucesso, sem edição no Brasil).
"Precisamos continuar aprendendo e lembrando durante toda a nossa vida", escrevem eles. "Para ficar à frente no trabalho, é preciso dominar as habilidades daquele serviço específico... Se você aprende bem, tem uma vantagem na vida."
Aprender, segundo os escritores, é ser capaz de se lembrar.
Velhos hábitos provavelmente não vão te ajudar nessa tarefa, como tentar decorar tudo de um dia para o outro ou destacar o que é importante com caneta marca texto. O site Business Insider reuniu dicas certeiras do livro para você aprender melhor e ficar mais inteligente:
Conecte novas informações com coisas que você já sabe. Ou seja, tente "pensar nas suas próprias palavras". "Quanto mais você consegue explicar como o novo aprendizado se relaciona com seu conhecimento prévio, mais forte será sua compreensão e mais conexões você criará para se lembrar mais tarde", dizem os autores. Um exemplo simples: se você está na aula de física tentando entender a transferência de calor, pode amarrar o conceito com suas experiências da vida real: imaginar uma xícara de café quente perdendo calor nas suas mãos.
Responda antes de ter uma resposta. Sim, chutar também é positivo. Isso porque, se você se esforça para responder mesmo não tenho certeza, o mais provável é que vai lembrar quando aprender o certo. "Ao explorar o desconhecido e quebrar a cabeça primeiro, você é muito mais propenso a aprender e lembrar da solução do que se alguém te ensinasse logo de cara", escrevem os autores. Em um ambiente acadêmico, você pode tentar encontrar suas próprias respostas antes do início da aula. Em um ambiente profissional, antes de conversar com o seu chefe sobre um problema, pode pensar em soluções — assim já chega com uma sugestão.
Avalie o que aconteceu. Quando você tira alguns momentos para rever um projeto ou analisar o que foi discutido em uma reunião, está refletindo. E isso é ótimo. Pode perguntar a si mesmo algumas questões. O que correu bem? Onde você pode melhorar? O que aquilo te faz lembrar? Pesquisadores de Harvard descobriram que a escrita reflexiva é muito poderosa. Só 15 minutos de reflexão no final do dia já melhoram seu desempenho em 23%.
Use truques. Você pode utilizar siglas ou rimas para lembrar de algo: é a chamada mnemônica. São frases como "se volto da, crase há; se volto de, crase pra quê?" ou ainda macetes parar memorizar fórmulas de física e os elementos da tabela periódica.  Servem para "criar estruturas mentais que tornam mais fácil recuperar o que você aprendeu", dizem os autores.
Recupere na própria memória.  Fazer a anotação de palavras-chave em pequenos cartões, é uma boa saída. Bem melhor do só grifar o que é importante em um texto (algo que não exige nenhum esforço nem para fazer, nem na hora de ler). Rever informações é eficaz porque fortalece as vias neurais associadas a um determinado conceito.
Saiba o que você não sabe. É o que os escritores chama de calibrar. "É simplesmente o ato de usar um instrumento objetivo para limpar ilusões e ajustar o seu julgamento para refletir melhor a realidade." Basicamente, é como quando você recebe feedback sobre algo que nem imaginava que estava fazendo errado. É necessário para tirarmos da frente "ilusões cognitivas": achamos que entendemos algo quando, na verdade, não. Identifique os pontos cegos. É assim que você vai descobrir o que precisa aprender.

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