"É muito grave afastar uma presidente da República sem crime de
responsabilidade, mesmo que o impeachment esteja previsto na nossa
Constituição", disse a presidente Dilma Rousseff, no final de sua sessão
de defesa, que durou mais de 14 horas; "Por isso eu peço aos senhores
senadores e às senhoras senadoras que tenham consciência na hora de
avaliar este processo", afirmou; Dilma fez discurso histórico em defesa
não apenas de sua história de vida, como do próprio regime democrático,
hoje ameaçado no Brasil; na fala inicial, disse que depois das torturas,
na juventude, e da luta contra o câncer, só teme a morte da democracia
Se, de um lado, a presidente eleita Dilma Rousseff foi ao Senado e
fez um discurso histórico em defesa da democracia, de outro, o interino
Michel Temer negociou barganhas e favores nos bastidores da política; de
acordo com a jornalista Natuza Nery, ele prometeu ao senador Roberto
Rocha (PSB-MA) uma diretoria no Banco do Nordeste; em seu discurso de
ontem, Jorge Viana (PT-AC) colocou o dedo na ferida, ao dizer que vários
dos "juízes" do Senado se beneficiam da própria decisão; é o caso por
exemplo de José Aníbal (PSDB-SP), suplente de José Serra e amigo de
Dilma há 50 anos, mas que votará pelo golpe porque só fica no Senado se o
golpe vingar
"A defesa de Dilma foi impecável. Senadoras e senadores como Ana
Amélia, Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e outros desceram
da tribuna de rabo entre as pernas", diz o colunista Laurez Cerqueira;
"Ela sairá do julgamento de espírito elevado, o Senado completamente
desmoralizado, rebaixado, e exposto ao Br
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