Editoriais da Folha e do Estado pedem porrada nos manifestantes
Jornais Folha e Estado de S. Paulo, que apoiaram o golpe militar de 1964 e agora o golpe parlamentar de 2016, sugerem ao governo Temer que amplie a repressão; para a Folha, manifestantes que pedem democracia são "fascistas"; para o Estado, "cabe às autoridades constituídas reprimir a baderna"; na noite do dia do impeachment, a fachada da Folha teve que ser protegida pela polícia para não sofrer um escracho"Grupelhos extremistas costumam atrair psicóticos, simplórios e agentes duplos, mas quem manipula os cordéis? O que pretendem tais pescadores de águas turvas? Quem financia e treina essas patrulhas fascistoides? Está mais do que na hora de as autoridades agirem de modo sistemático a fim de desbaratá-las e submeter os responsáveis ao rigor da lei", continua o editorial.
Já o Estado de S. Paulo defende que "cabe às autoridades constituídas reprimir a baderna" e afirma que Dilma Rousseff "incita os brasileiros à divisão, por todos os meios", depois de ter se "dedicado, com sua incompetência, arrogância e sectarismo, a levar o País à beira do abismo". Segundo o editorial, "os confrontos com a polícia são deliberadamente provocados pelos próprios baderneiros" (leia aqui)
"Cabe às autoridades constituídas reprimir a baderna e impedir que a desordem se torne rotina. É preciso saber distinguir o legítimo e democrático direito a manifestação no espaço público da baderna que atenta contra o direito da população de viver seu cotidiano em paz. No primeiro caso, o poder público tem o dever de oferecer aos cidadãos a garantia de se manifestar pacificamente. No segundo, tem a obrigação de impedir a ameaça potencial ou a ação daqueles que infringem a lei. A baderna nas ruas, longe de ser uma forma legítima e democrática de manifestação popular, é um grave atentado ao direito fundamental que os cidadãos, o povo, têm de viver em paz", diz um trecho do texto.
O editorial do Estado diz ainda que "o que se viu na quarta-feira nas ruas de São Paulo e ontem em pleno recinto do Senado Federal – onde baderneiros interromperam os trabalhos de uma comissão presidida pelo senador Cristovam Buarque – são exemplos de que os movimentos 'populares' estão a transgredir de forma abusiva os limites estabelecidos pela lei. Pois não há 'direito' que justifique a violência nas ruas ou a ela sobreviva".
Na noite do dia do impeachment de Dilma Rousseff, 31 de agosto, a fachada da Folha teve que ser protegida pela Polícia Militar para não sofrer um escracho.
No Facebook, internauta celebra cegueira de jovem agredida pela PM
"Jovem que estava na manifestação perdeu a vista esquerda e foi curada do comunismo, agora só enxerga com a direita! Se foi a PM, agradeço pela conversão e pelo trabalho prestado", postou Tatiana Pignatari, sobre a universitária Deborah Fabri, que foi ferida durante ato contra Temer na Paulista Pode ser chocante, mas o ferimento de uma estudante que chegou a perder a visão de um olho durante protesto contra Michel Temer foi comemorado por alguém."Jovem que estava na manifestação perdeu a vista esquerda e foi curada do comunismo, agora só enxerga com a direita! Se foi a PM, agradeço pela conversão e pelo trabalho prestado", publicou Tatiana Pignatari, no Facebook.
A jovem ferida foi Deborah Fabri, aluna da Universidade Federal do ABC e integrante do movimento Levante Popular da Juventude. Ela foi ferida por um estilhaço de bomba no olho, segundo informações do Jornalistas Livres.
"Oi pessoal estou saindo do hospital agora. Sofri uma lesão e perdi a visão do olho esquerdo, mas estou bem", informou Deborah pelas redes sociais na manhã desta quinta-feira, um dia após o protesto.
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