A delação do lobista e ex-executivo da J&F
Ricardo Saud trouxe à tona novamente a participação de Michel Temer em
esquema de corrupção no porto de Santos (SP); área de influência do
pemedebista quando era deputado federal na década de 1990, um dos
períodos em que foram firmados contratos com suspeitas de
irregularidades; em seu depoimento, Saud diz que Rodrigo Rocha Loures, o
homem da mala de Temer, sugeriu o nome de Ricardo Mesquita, diretor de
relações institucionais do grupo portuário Rodrimar, para receber
propina que seria destinada ao peemedebista
A delação do ex-executivo da J&F Ricardo Saud colocou novamente em questão a ligação de Temer com o porto de Santos (SP), área de influência do pemedebista quando era deputado federal na década de 1990, um dos períodos em que foram firmados contratos com suspeitas de irregularidades.
As informações são de reportagem de Fernanda Pires no Valor.
"No depoimento do dia 10 de maio, Saud afirma que o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) sugeriu o nome de Ricardo Mesquita, diretor de relações institucionais do grupo portuário Rodrimar, para receber propina que seria destinada a Temer. Saud rechaçou a sugestão, segundo relatou aos investigadores.
A assessoria de Temer disse ser "absolutamente inverídica" a versão de que propinas seriam destinadas a ele. O advogado de Rocha Loures, Cezar Bitencourt, afirmou desconhecer a informação do vídeo.
'Você vai entregar para o Ricardo', teria dito Loures a Saud. O procurador intervém: 'Da Rodrimar', ao que Saud confirma, e reproduz a resposta dada a Loures: 'Não, já tivemos problema com o Celso, já te falei. Eu não vou entregar para o Ricardo. Ou esse dinheiro entrego para você ou então entrega para o Temer, não vou entregar para a Rodrimar, não'.
Antônio Celso Grecco, identificado por Saud na delação como muito amigo de Temer, é o presidente da Rodrimar. A empresa foi alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Patmos.
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