Durante ato do PT em Brasília, que deu posse ao
novo Diretório Nacional do partido, a presidente deposta Dilma Rousseff
fez um discurso curto, mas certeiro; "Todos aqueles que sustentaram o
golpe, Aécio, Cunha... e todos aqueles que buscaram o impeachment para
destruir direitos sociais, para estancar a sangria", citou,
acrescentando que "o golpe e o arranjo que sustentou esse golpe caminham
a passos largos para a ruína"; ela afirmou ainda que "devemos estar
extremamente atentos nesse momento", pois "o Brasil tem uma tradição de
acentuar, de radicalizar a característica dos golpes. Foi assim com o
processo da ditadura militar. Então nós temos que cuidar para que a
ruína do golpe não se transforme na radicalização do golpe"
"A história está sendo severa e implacável com os líderes do golpe", disse Dilma. "Todos aqueles que sustentaram o golpe, Aécio [Neves], [Eduardo] Cunha, e todos aqueles que buscaram o impeachment para destruir direitos sociais, para estancar a sangria [da Lava Jato], e ao mesmo tempo para implantar no nosso Brasil todo um processo de desconstrução dos direitos que nós tínhamos deixado como legado", mencionou, num momento em que Cunha está na cadeia e Aécio foi flagrado pedindo propina ao dono da JBS e chegou a ser afastado do Senado.
"Tentaram acabar com o Minha Casa Minha Vida, mas descobriram que não dava para mudar o nome. Tentam acabar com o Mais Médicos e enfrentam a reação da população", criticou Dilma, em referência ao governo de Michel Temer, que exerce o mandato como denunciado por corrupção.
"Dia a dia a história mostrou que, durante todo o processo de impeachment, o que estava no terreno da especulação hoje está confirmado: é fato que houve um golpe no Brasil. É fato também que este golpe e o arranjo que sustentou esse golpe caminham a passos largos para a ruína", destacou.
Segundo Dilma, "devemos estar extremamente atentos nesse momento", pois "sabemos que o Brasil tem uma tradição de acentuar, de radicalizar a característica dos golpes".
"Foi assim com o processo da ditadura militar, que começa em 1964, mas vira a ditadura que mata, tortura, exila e leva à prisão a partir do AI-5 em 1968", recordou. "Então nós temos que cuidar para que a ruína do golpe não se transforme na radicalização do golpe. Porque hoje não existe a menor condição de eles aprovarem todas as medidas que estão na pauta", finalizou.
Dilma mencionou o ex-presidente Lula em seu discurso, ao lembrar que "a maior liderança política do Brasil hoje está sendo sistematicamente combatida", mas destacou que "ele resiste". "E essa é a boa notícia", disse.
"A mesma coisa acontece com o nosso partido. Quantas vezes nos enterraram? Mas hoje, sob qualquer aspecto que se olha o PT, é o partido que vai, cada vez mais, conseguindo resgatar o espaço que sempre teve", afirmou
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