Dallagnol: "Aécio está livre inclusive para articular o fim da Lava Jato
O procurador Deltan
Dallagnol, que lidera as investigações da Lava Jato no Ministério
Público em Curitiba, criticou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello,
do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que Aécio Neves
(PSDB-MG) poderá voltar ao Senado. Segundo Dallagnol, o retorno do
tucano pode significar o fim da Lava Jato(mentira). “Havia razões para
estar preso, mas influenciará leis que governam nosso país. Livre
inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia”, comentou o
procurador, em sua conta no Twitter, fazendo referência, também, ao
pedido de prisão do senador por parte da Procuradoria-Geral da
República. Obs: O foco deste procurador, sua turma e o juiz parcial e seletivo Sergio Moro, é um só Luiz Inácio Lula da Silva e o fim do Partido dos Trabalhadores.
Aécio Neves é alvo de cinco inquéritos no Supremo Tribunal FederalNesta
sexta-feira (30), o ministro Marco Aurélio decidiu não acatar o novo
pedido de prisão de Aécio Neves, feito pela PGR, e ainda restabelecer o
mandato dele de senador. Com isto, Aécio, que enfrenta cinco inquéritos
no Supremo, pode retomar às atividades no Legislativo. De acordo
com a Secretaria-Geral do Senado, assim que o presidente da Casa,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), for notificado da decisão do STF, Aécio já
poderá retornar ao trabalho, sem necessidade de qualquer outro trâmite. O
ministro do Supremo também derrubou outras restrições que tinham sido
aplicadas, como a proibição de falar com outros investigados junto com
ele, como a irmã Andrea Neves, e também de deixar o país. "Críticas
à atuação do Ministro da Justiça [feitas por Aécio em conversas citadas
pela PGR] são normais, esperadas e, até mesmo, decorrentes
do exercício legítimo da função do Legislativo, não revelando perigo
concreto de influência nas atividades do Presidente da República ou de
embaralhamento de investigações em curso", escreveu Marco Aurélio. O
ministro da Corte também considerou o afastamento de Aécio do mandato
um risco à harmonia entre Legislativo e Judiciário, e entendeu que
caberia ao Senado afastar Aécio, destacando a existência de um processo
na Casa para cassar o mandato do tucano. Aécio Neves havia sido
afastado em maio, por determinação do ministro Edson Fachin, relator da
Lava Jato no STF, após a deflagração da Operação Patmos, fase da Lava
Jato baseada nas delações da JBS. O afastamento foi um pedido da
PGR, que apontou a possibilidade de Aécio Neves usar seu poder para
atrapalhar as investigações. Fachin entendeu que a Constituição impedia a
prisão do parlamentar e decidiu pelo afastamento. O caso de
Aécio, contudo, ficou com o ministro Marco Aurélio depois que Fachin
fatiou as investigações da delação da JBS. A defesa tinha entrada com
recurso pelo retorno do parlamentar às atividades. Presidência do PSDB O senador tucano também estaria interessado em permanecer na presidência do PSDB por mais dois meses. De acordo com a Veja,
ele teria pedido um prazo até setembro para oficializar a saída do
comando. Tasso Jereissati, mandatário interino da legenda, teria
aceitado esperar para assumir a cadeira definitivamente. Em nota, divulgada por sua assessoria, Aécio Neves diz que recebe a decisão com serenidade. "Recebo
com absoluta serenidade a decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo
Tribunal Federal, da mesma forma como acatei de forma resignada e
respeitosa a decisão anterior. Sempre acreditei na Justiça do meu país e
seguirei no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7
milhões de mineiros, com a seriedade e a determinação que jamais me
faltaram em 32 anos de vida pública", diz a nota. >> Aécio Neves diz que vive situação 'kafkiana' >> Ex-PSDB, Alexandre de Moraes é novo relator de inquérito de Aécio Neves >> Gilmar diz que não se sente “nada impedido” em relatar inquérito contra Aécio >> Aldo Fornazieri afirma que só resta ao STF prender Aécio Neves >> Em gravação, Perrella cita a Aécio episódio de helicóptero com cocaína >> Áudio mostra Aécio dando bronca em Perrella por declaração "escrota" >> Advogado de Aécio diz que decisão restabelece soberania da Constituição
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