A
Polícia Federal, em nota enviada à imprensa na tarde desta quinta-feira
(6), confirmou que os grupos de trabalho dedicados às operações Lava
Jato e Carne Fraca passam agora a integrar a Delegacia de Combate à
Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). Na véspera, o
procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a
força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), comentou nas redes sociais
sobre a liberação de recursos para emendas parlamentares pelo governo
federal, e alertou que "a Força-tarefa da Polícia Federal na operação
Lava Jato deixou de existir". "A medida visa priorizar ainda mais
as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que
permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e
lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações", diz a PF
em nota. De acordo com outra nota, encaminhada em seguida pela corporação em resposta a reportagem da Época, "cada
delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte
inquéritos cada um". "Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos
delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas,
ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas
autoridades policiais", acrescentou a PF, informando que "o número de
policiais dedicados a essas investigações chega a 70". PF reforça que efetivo da Superintendência Regional no Paraná está "adequado à demanda"A
iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime
Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da
Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente
Regional, delegado Rosalvo Franco. A Polícia Federal frisa que o
mesmo modelo foi adotado em outras superintendências da PF, com
"resultados altamente satisfatórios", citando operações da Lava Jato
deflagradas pelas unidades do Rio, do Distrito Federal e de São Paulo. A
PF informou ainda que foi firmado o apoio de policiais da
Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio
Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato, e que o
efetivo da Superintendência Regional no Paraná está "adequado à demanda e
será reforçado em caso de necessidade". Em maio, o número de
delegados dedicados à Lava Jato em Curitiba já tinha caído de nove para
quatro, sob o argumento de queda na demanda da operação e de criação de
grupos em outros Estados, como Rio e Brasília. >> "A força-tarefa da PF na Lava Jato deixou de existir", diz procurador em rede social
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