10.02.2017

Lula, no Rio, no grito contra a privataria


  

Ricardo Stuckert

Nesta semana que hoje começa o Rio será o cenário de um grito forte dos setores nacionalistas contra a fúria privatizante do governo de Michel Temer, com três manifestações que devem reunir mais de 15 mil pessoas e contarão com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-chanceler Celso Amorim, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do senador Roberto Requião e do deputado Patrus Ananias, entre outros parlamentares. Será a mais forte mobilização realizada até agora contra a venda do patrimônio nacional com o objetivo estúpido de arrecadar dinheiro para tapar o rombo fiscal, a exemplo do que será feito com os recursos obtidos com a venda das usinas da Cemig. Será a primeira participação de Lula num ato de massas depois que alcançou os 35% de preferência na pesquisa Datafolha divulgada neste domingo.
Na segunda-feira, dia 2, às 14 horas,   no Clube de Engenharia,  haverá o ato de lançamento da Frente em Defesa da Soberania Nacional, coordenada no plano parlamentar  por Requião (PMDB-PR)  e Patrus Ananias  (PT-MG).  A  Frente reúne parlamentares de diferentes partidos e transborda para além do Congresso, reunindo empresários e personalidades da sociedade civil.  Requião e Patrus lançaram advertências aos embaixadores estrangeiros no sentido de que toda as privatizações conduzidas pelo governo ilegítimo de Temer poderão ser revistas pelo próximo presidente eleito pelo voto direto.  O ex-presidente Lula acaba de propor a convocação de uma Constituinte exclusiva para rever todas as medidas que Temer vem tomando contra o patrimônio nacional e as conquistas sociais e civilizatórias da sociedade brasileira.
Ainda na segunda-feira, no final da tarde,  haverá o Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, que luta contra a privatização do setor elétrico.  Será um grande ato no Terreirão do Samba, ao lado do Sambódromo.  Coma venda das usinas da Cemig, cresce o movimento contra a privatização da Eletrobrás, que nesta quarta-feira foi criticada no Senado até por integrantes da base governista.
A mobilização culmina, na terça-feira, dia 3,  com grande passeata que está sendo organizada pela Frente Brasil Popular, que congrega diversos movimentos sociais. A passeada descerá a Avenida Rio Branco e depois se deslocará para a região da Avenida Chile, Esplanada onde ficam os edifícios-sede da Petrobrás e do BNDES.
Com este primeiro grito contra a privataria temerária de Temer, a mobilização nacionalista deve se ampliar, impedindo que novos ativos sejam leiloados a toque de caixa, como aconteceu com as usinas da Cemig.

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