Depois de anunciar a proibição de novos cursos de
medicina pelos próximos cinco anos, o governo de Michel Temer segue
atacando a saúde dos brasileiros; a próxima vítima é o programa Farmácia
Popular, criado em 2004 pelo ex-presidente Lula, que garante a
distribuição de medicamentos gratuitamente ou com até 90% de desconto,
beneficiando sobretudo para as populações mais pobres; após fechar cerca
de 400 farmácias da rede própria que mantinha no programa, o governo
quer agora mudar o modelo de pagamento para farmácias particulares
credenciadas; representantes do setor e sanitaristas dizem que as novas
propostas colocam o programa em xeque e podem inviabilizar o programa
Após fechar cerca de 400 farmácias da rede própria que mantinha no programa, o governo quer agora mudar o modelo de pagamento para farmácias particulares credenciadas. Hoje, há cerca de 30 mil estabelecimentos que ofertam os medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, nome dado ao eixo do programa na rede particular.
Para o ministro Ricardo Barros (Saúde), o objetivo é reduzir gastos, tidos como mais altos do que na compra centralizada de remédios no SUS.
Representantes do setor e sanitaristas, porém, dizem que as novas propostas colocam o programa em xeque.
Hoje, farmácias recebem um reembolso do governo a cada produto dispensado, com base em uma tabela de valores de referência pré-definidos para cada um deles.
O governo quer renegociar esses valores. De acordo o ministro, a ideia é propor um novo cálculo, definido por um preço base no atacado e 40% de margem para compensar os custos de aquisição e distribuição dos produtos.
Pacientes que utilizam o Farmácia Popular afirmam terem sido pegos de surpresa com o fechamento das unidades próprias do programa e relatam dificuldades de acesso a medicamentos no SUS.
No Distrito Federal, a única unidade da rede própria que ainda havia do programa, em Sobradinho, foi fechada em 28 de agosto.
As informações são de reportagem de Natália Cancian na Folha de S.Paulo.
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