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4.04.2009
INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA (I.U.)
A incontinência urinária é a perda involuntária da urina acarretando um problema social e higiênico para as pacientes. Na literatura define-se a qualidade de vida de uma paciente como a sua satisfação no âmbito social, psicológico e físico.
A incontinência urinária é angustiante e incapacitante sendo este impacto dependente da idade da paciente e do tipo de incontinência urinária, observando uma melhor adequação e adaptação nas pessoas idosas.
Alguns trabalhos mostram que a incontinência urinária afeta mais a função social e psicológica que a função física da paciente. Assim sendo, qualquer perda de urina involuntária é importante de se relatar ao seu médico assistente para uma avaliação completa para determinar a causa e o tratamento.
Hoje em dia a incontinência urinária é uma condição que pode ser curada, tratada ou conduzida de uma forma que os problemas de controle vesical não interfiram com o estilo de vida saudável, produtivo e ativo. A prevalência da incontinência urinária na população em geral é de aproximadamente 6% sendo que varia de acordo com a idade e o sexo.
Entre 15 e 64 anos a incontinência urinária ocorre entre 10 e 25% nas mulheres. Acredita-se que as mulheres acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentem algum grau de incontinência. O número exato de mulheres afetadas pode ser muito mais do que as estimativas atuais, pois acredita-se que grande parte das pessoas afetadas não procuram ajuda por vergonha e que não exista tratamento, o que não é verdade.
Para melhor entender a incontinência urinária, é importante saber como funciona o trato urinário e como nós controlamos a micção. A urina excretada pelos rins desce para um par de tubos chamados de ureter até chegar a bexiga que é um reservatório elástico que pode ser enchida e esvaziada. Em grande parte das pessoas existe um total controle sobre esse armazenamento e esvaziamento, ou seja, a pessoa permite um enchimento e depois um esvaziamento sem que ocorram perdas. A urina sai da bexiga para um canal chamado uretra sendo que para esvaziar a bexiga é necessário uma coordenação entre a musculatura da bexiga e os músculos que fecham a uretra (como se fosse uma torneira). Esses músculos são chamados esfíncteres. Quando os esfíncteres relaxam ela libera urina e ao mesmo tempo o músculo da bexiga se contrai expulsando a urina. Quando você termina de urinar os esfíncteres se fecham e a bexiga pára de contrair. Uma vez entendido o funcionamento da bexiga e uretra fica fácil entender as causas da incontinência urinária.
A incontinência urinária de esforço ocorre devido a uma deficiência no suporte vesical e uretral que é feito pelos músculos do assoalho pélvico ou por uma fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Essa condição leva a perda de urina quando você faz esforço com o abdome, tais como tossir, espirrar, correr, rir, pegar peso, levantar ou até mesmo andar.
Vários exames estão disponíveis para um diagnóstico correto (estudo urodinâmico, ultra-sonografia, cistoscopia, exame de urina, RX de bexiga, etc). A incontinência urinária para urgência ocorre quando a bexiga contrai sem o seu comando ou desejo que ela faça isso. (Ex: não conseguir chegar ao toalete a tempo).
Existem várias causas para essa condição, como infecções ou alteração dos músculos que controla a bexiga. Vários tratamentos para incontinência urinária estão disponíveis, e somente um especialista qualificado para recomendar o tratamento adequado. As formas de tratamento podem variar desde uma simples mudança nos hábitos até uma cirurgia complexa.
Tratamentos Conservadores:
Orientação sobre o funcionamento da bexiga e da musculatura pélvica, mudança comportamental no hábito urinário e exercício passivo e ativo para musculatura do assoalho pélvico (fisioterapia e eletro estimulação). Existem medicamentos para relaxar a musculatura da bexiga ou para aumentar a contração dos esfíncteres.
Tratamentos Cirurgícos:
Existem várias cirurgias para tratamento da incontinência urinária feminina. As cirurgias que mostram melhores resultados são as cirurgias utilizando fitas de polipropileno (chamadas de SLING). Esta fita restabelece os ligamentos que sustentam a uretra e promovem seu fechamento durante o esforço. Essa cirurgia é feita por via vaginal e com uso de anestesia local, com tempo de internação de 6-8 horas, colocando a paciente de volta ao trabalho num período de 07 dias. O resultado é uma melhora importante na qualidade de vida das pacientes.
Autoria: Arthur Campos da Paz
Incontinência urinária
Dr. Fabio Baracat
Fazem parte do aparelho urinário os rins, que filtram o sangue e eliminam suas impurezas para que possa ser reconduzido à circulação, e as vias urinárias, isto é, o ureter, a bexiga e a uretra. É na bexiga que a urina proveniente dos rins através dos ureteres é armazenada. Quando a capacidade desse reservatório se esgota, ela é eliminada pela uretra.Como se pode ver na imagem 01, as vias urinárias são estruturas muito próximas de outros órgãos que se localizam na cavidade abdominal. Nos homens, a próstata envolve a uretra. Nas mulheres, a bexiga fica muito perto do útero, órgão com o formato de uma pêra, e a uretra desemboca pouco acima da vagina. Por isso, existe uma relação muito importante e direta entre a bexiga e os órgãos do aparelho reprodutor feminino. Controlar a eliminação da urina pressupõe um ato voluntário comandado pelo sistema nervoso central. Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico, gravidez, tumores malignos ou benignos e outras doenças que comprimam a bexigapodem interferir no controle da micção e provocar incontinência urinária, um distúrbio mais freqüente nas mulheres do que nos homens. De 15% a 30% das mulheres acima dos 60 anos perdem urina involuntariamente, quando riem tossem ou espirram, o que atrapalha muito a vida dessas pessoas.
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