4.02.2009

Medicamentos podem dar sono ao volante

Antes de usar qualquer produto, procure orientação médica e leia atentamente a bula. Muitos não sabem que vários medicamentos são poderosos soníferos, que podem causar graves efeitos colaterais no trânsito.
A chegada do frio sempre vem acompanhada das chamadas doenças de inverno, como gripe, tosse e resfriado. E contra esses problemas de saúde muitas pessoas costumam recorrer a remédios antiinflamatórios, analgésicos e antigripais - que podem ser adquiridos facilmente (e sem receita médica) em qualquer farmácia.

O médico pneumologista Carlos Roberto Massignan esclarece que muitos remédios que combatem doenças de inverno têm efeito sedativo, pois trazem em suas fórmulas antihistamínicos que agem diretamente no sistema nervoso central. Além disso, explica o especialista, a própria doença em si já debilita a pessoa. "Mesmo um simples resfriado reduz os reflexos e deixa a pessoa sonolenta e com dores por todo o corpo. O remédio só vai aumentar ainda mais o sono", acrescenta.

O médico pneumologista orienta ainda que as pessoas só utilizem medicamentos sob orientação médica. A bula sempre informa se o remédio pode causar efeitos sob a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Fazem parte a lista de remédios que podem causar sonolência e redução de reflexos: Naldecon, Decongex Plus, Super Hist, Dimetapp, Resprin, Resfenol, Abracur, Benegrip, Trifedrin e Fernegan.

Além disso, afirma o especialista, quem estiver utilizando medicamentos contra doenças de inverno não deve consumir em nenhum momento bebidas alcoólicas. O motivo, de acordo com ele, é que o álcool potencializa os efeitos colaterais (sono e redução dos reflexos) desses remédios.

Vale lembrar ainda que o álcool é o principal causador de acidentes e mortes no trânsito. Além disso, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma infração gravíssima, de acordo com o Código Nacional de Trânsito.

Fique atento

Medicamentos:

Relaxantes musculares
Dorflex, Tandrilax, Mioflex, Coltrax
Diminui o reflexo

Inibidores de apetite
Inibex, Desobese, Absten e Mazindol
Deixa a pessoa ansiosa e irritada

Anticonvulsivantes
Gardenal, Fenobarbital, Tegretol, Hidantal e Carbamazepina
Causa sonolência e visão dupla

Antienjôo
Dramin, Plasil e Metoclopramida
Causa sonolência

Fonte: Dr. Carlos Roberto Massignan, médico pneumologista.


Cariprodol
Ações terapêuticas
Relaxante muscular.

Propriedades
O Carisoprodol (meprobamato de isopropila) é um miorrelaxante que age a nível do SNC diminuindo os reflexos polissinápticos e bloqueando a atividade interneuronal na formação reticular descendente e na medula espinhal.
Em animais, o Carisoprodol produz relaxamento muscular por inibição da atividade interneuronal na formação reticular descendente e na medula espinhal. A ação começa rapidamente (30 minutos) após a sua administração e tem uma duração de quatro a seis horas.
O Carisoprodol não produz relaxamento direto do músculo esquelético em seres humanos; seu mecanismo de ação nessa espécie não foi completamente elucidado, mas pode estar relacionado com sua propriedades sedativas.
A absorção no trato gastrintestinal é rápida, distribui-se facilmente e finalmente é metabolizado no fígado; um dos seus metabólitos é o meprobamato.
Sua meia-vida é de 8 horas e a sua eliminação é renal. Passa ao leite materno, onde atinge uma concentração até 4 vezes maior do que no plasma materno.

Indicações
Transtornos musculares dolorosos. Fibrosite, torcicolo, reumatismo de partes moles, contraturas miotendinosas, lombalgias.

Interações
Psicotrópicos, álcool: efeitos aditivos.

Precauções
Em pacientes com problemas renais ou hepáticos aconselha-se ajustar a dose. A primeira dose de carisoprodol pode provocar reações adversas que aparecem nos primeiros minutos ou horas: debilidade extrema, quadriplegia transitória, tonturas, perda temporária da visão, diplopia, midríase. Os pacientes que recebem carisoprodol devem ser advertidos para não realizar tarefas perigosas nem operar máquinas ou dirigir. Os psicotrópicos e o carisoprodol podem produzir efeito sinérgico, por isso deve-se evitar o consumo simultâneo de ambos os fármacos. Não administrar em mulheres que amamentam: o carisoprodol atinge uma concentração quatro vezes maior no leite do que no plasma da mãe. Recomenda-se não administrar em mulheres grávidas. A aparição de sonolência ou outros efeitos neurodepressores podem requerer uma redução da dose.

Reações Adversas
CNS: tonturas, vertigem, ataxia, tremores, agitação, dor de cabeça, insônia, síncope, reações depressivas, sonolência;
Reações Alérgicas: eritema, erupções, episódios asmáticos;
Cardiovascular: taquicardia, hipotensão ortostático;
Gastrointestinal: náuseas, vômitos, soluço.

Contra Indicações
Porfiria intermitente aguda, reações alérgicas ou idiossincráticas ao carisoprodol ou a fármacos relacionados (meprobamato, mebutamato e tibamato).

Posologia
350mg por via oral quatro vezes ao dia.

Superdosagem
Estupor, coma, choque, depressão respiratória, morte.



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