7.15.2009

NOVA ESPERANÇA PARA A CURA DOS LINFOMAS

NOVA ESPERANÇA PARA A CURA DOS LINFOMAS
12/07/2009
Uma pesquisa desenvolvida em Ribeirão Preto (SP) pode tornar mais próxima a cura do câncer linfático. Depois de cerca de seis anos de trabalho, os cientistas conseguiram dar fim a um dos tipos desse câncer em camundongos, comprovando a hipótese de que uma proteína estaria diretamente relacionada à formação do tumor. Os próximos testes serão feitos com amostras de tumores humanos. A descoberta pode originar uma droga inibidora do câncer linfático. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o linfoma (câncer que se origina nos gânglios) é o quinto câncer mais frequente em todo o mundo, e o número de casos duplicou nos últimos 25 anos. O tipo de câncer investigado nesse estudo é conhecido como linfoma não-Hodgkin. Ele é causado por uma alteração genética que faz com que existam, no material genético, várias cópias de um mesmo gene, o myc. Esse excesso leva à replicação anormal da célula e o comando para que ela se replique é dado por meio de proteínas. - Se conseguíssemos barrar a ação dessas proteínas, impediríamos o desenvolvimento do linfoma -, explica o médico Eduardo Rego, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). CRUZAMENTOS - Para confirmar a influência das proteínas no desenvolvimento do linfoma não-Hodgkin, os pesquisadores cruzaram dois grupos de camundongos alterados geneticamente. O primeiro grupo era composto por animais que apresentavam a doença e nos quais o myc estava superexpresso, ou seja, aparecia com muitas cópias. O segundo grupo, por sua vez, apresentava níveis muito baixos da proteína codificada por esse gene, batizada de L24, e os linfócitos estavam em condições normais. Os filhotes nascidos desses cruzamentos não desenvolveram o câncer linfático, comprovando a hipótese inicial de que a proteína L24 teria relação direta com a replicação anormal das células, característica desse tipo de câncer. A próxima etapa do estudo é testar amostras de linfomas humanos. - Em seguida, poderemos criar uma droga que se ligue à proteína L24 e impeça sua ação, inibindo o desenvolvimento do tumor maligno - prevê Rego. - Marcella Huche, Ciência Hoje / Rj -
Fonte: Jornal do Brasil - Portal Méd

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