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8.06.2010
A fé e as orações podem aliviar ou curar doentes?
Estudo conclui que orações podem realmente curar os doentes
O poder da oração pode realmente ajudar a curar os doentes, descobriu um estudo internacional, principalmente se o "paciente" é simpatizante da crença da pessoa que está orando. Os pesquisadores disseram que a visão e a audição dos pacientes melhoraram após a profissionais orarem por eles.
Os testes foram realizados por uma equipe da Universidade de Indiana, liderados pelo professor de estudos religiosos Candy Gunther Brown. No entanto, especialistas da Sociedade Secular Nacional (em inglês, NSS) colocam dúvidas sobre a validade do estudo.
A oração pode ter mais poder do que as pessoas imaginam | Foto: ReproduçãoO presidente do NSS, Terry Sanderson, disse que a pesquisa é muito suspeita. "Com base nos resultados obtidos em locais onde o controle seria impossível, a motivação religiosa é evidente e compromete a sua imparcialidade. O fato é que todos os estudos realizados mostram que a cura através da oração tem se mostrado ineficaz ou até mesmo, contraproducente", afirmou.
O professor Brown e seus colegas realizaram o estudo como parte de um programa de investigação sobre o significado cultural das experiências de práticas de cura espiritual. "Nós escolhemos investigar a 'oração proximal' porque é assim o ritual é praticado pelos cristãos pentecostais e carismáticos do mundo", explicou.
A equipe estudou o impacto de "cura" em pessoas menos favorecidas com a visão ou deficiência auditiva em Moçambique e no Brasil. Eles avaliaram 14 moçambicanos que relataram problemas de audição e 11 que disseram ter sua visão falhando, antes e após os participantes receberam "oração de intercessão proximal" (PIP). Um audiômetro e gráficos de visão foram utilizados para medir as melhorias.
Os pesquisadores descobriram que dois sujeitos com deficiência auditiva reduziram o volume mínimo no qual eles conseguiam detectar o som e três indivíduos tiveram sua visão melhorada.
Brown disse que uma moçambicana idosa inicialmente informou que não podia ver a mão de uma pessoa com dois dedos erguidos a uma distância pequena. Um praticante de cura colocou a mão sobre os olhos de Maryam, abraçou-a e rezou para menos de um minuto, em seguida, colocou os dedos em sua frente e ela foi capaz de contá-los.
O líder das pesquisas disse que seu estudo será publicado na edição de setembro do Southern Medical Journal.
Mas Sanderson, do NSS, acrescentou: "Este estudo não é científico e, portanto, não tem nenhum valor além de seu uso como propaganda religiosa. Ele explora o desespero de pessoas que vivem em extrema pobreza e que não possuem acesso à assistência médica adequada, a fim de colocá-los sob a influência dessas igrejas pentecostais".
O Dia
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