Técnica permite regeneração de tecido em ratos pela primeira vez
Segredo é o bloqueio de dois genes que controlam crescimento de células.
Trabalho foi desenvolvido por equipe da Universidade Stanford, nos EUA.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
Duas pesquisas publicadas nesta sexta (6) foram recebidas como conquistas importantes no caminho para recuperar tecidos danificados no corpo humano.
Se uma salamandra perder um pedaço do rabo, ele cresce de novo. Se um peixe perder parte do coração, ele volta ao normal. A regeneração é comum em muitos peixes e anfíbios.
Os cientistas dizem que essa capacidade de regeneração desapareceu nos mamíferos com a evolução. Em troca, ganhamos um mecanismo para evitar a reprodução descontrolada das células, e reduzir os riscos de tumores. Com isso, a expectativa de vida ficou maior.
Se por uma fatalidade uma pessoa perder pernas ou romper músculos do coração, não há como recuperar. Ainda não, nos seres humanos. Mas nos ratos, cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram regenerar um tecido muscular pela primeira vez.
O segredo foi bloquear dois genes presentes nos mamíferos: o "RB" e o "ARF". Esses genes produzem proteínas que controlam o crescimento desordenado das células, impedindo o aparecimento de tumores.
Cientistas nos EUA descobrem chave genética para regeneração de membros Cientistas estudam anfíbio 'monstro' para tratar regeneração de membros Os cientistas adicionaram às células um composto químico que conseguiu neutralizar o efeito dos genes. As células novas foram levadas para a perna de um rato, onde continuaram a se regenerar. Depois da regeneração, os genes são desbloqueados para voltar a proteger o organismo contra o câncer.
Também com uma técnica de reprogramação de células pesquisadores de um centro de estudos de doenças cardiovasculares, de São Francisco, tentaram regenerar o músculo do coração depois de um ataque cardíaco. Deu certo, nos ratos.
Para os humanos, os pesquisadores concordam que ainda é cedo para falar em recuperar braço ou perna amputados. Mas o próximo passo é tentar recuperar outros tipos de tecidos como células nervosas.
G1.com
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