Droga protege e repara regiões neurais responsáveis pelas sinapses
Tratamento: o sildenafil, substância ativa do Viagra, tem ainda ação neuroprotetora (Chris Hondros/Getty Images)
O Viagra, droga usada para tratar a disfunção erétil, pode reduzir drasticamente os sintomas da esclerose múltipla. Em uma pesquisa conduzida em animais, e publicada no periódico Acta Neuropathologica, o medicamento proporcionou uma melhora significativa em 50% dos casos após oito dias de tratamento. Como a droga já é usada comercialmente, e bem tolerada por pacientes diagnosticados com esclerose múltipla e que estão em tratamento para a disfunção sexual, os cientistas esperam que os testes clínicos em humanos comecem em breve.Axônio: maior prolongamento do neurônio, envolto na bainha de mielina
Na pesquisa conduzida por Agustina García, do UAB Instituto de Biotecnologia e Biomedicina, na Espanha, foram analisados os efeitos do sildenafil (nome da substância ativa do Viagra) no tratamento de um tipo de esclerose múltipla em animais, que recebe o nome de encefalomieliete auto-imune experimental (EAE). Os cientistas demonstraram, então, que o tratamento diário com sildenafil após o início da doença foi eficiente para reduzir os sintomas clínicos, com uma recuperação completa em até 50% dos casos, após oito dias de tratamento.
O sildenafil, usado como vasodilatador no tratamento da disfunção erétil, tem ainda uma função neuroprotetora. Por isso, no combate aos sintomas da esclerose múltipla, a medicação foi eficiente na redução da infiltração de células inflamatórias dentro da massa branca da medula espinal. Assim, houve menores danos aos axônios (região do neurônio responsável pelo impulso nervoso) das células nervosas e um melhorina na reparação da mielina que já havia sido danificada.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário