Pesquisa
Duas pesquisas encontram gene ligado à depressão
Britânicos e americanos fazem descoberta simultânea
Depressão: acredita-se que a genética é responsável por até 40% dos riscos de desenvolvimento da doença
A região do cromossomo que contém os genes ligados à depressão faz parte de uma área conhecida por abrigar o receptor metabotrópico de glutamato 7 (GRM7) – envolvido nos processos de plasticidade, neurodegeneração e neuroproteção. Os cientistas ainda não determinaram, entretanto, de que maneira a ação desses genes levaria ao desenvolvimento da depressão.
“É notável que os dois grupos chegaram à mesma conclusão em dois estudos distintos”, diz Pamela Madden, coordenadora da pesquisa americana. Para ambos, a descoberta pode evoluir para a pesquisa de novos tratamentos contra a depressão, uma vez que as drogas atuais são eficientes apenas para cerca de 50% dos pacientes.
A descoberta, no entanto, não deve trazer benefícios a curto prazo, já que o desenvolvimento de novas drogas costuma demorar entre dez e 15 anos. "Estamos apenas começando a entender os mecanismos da depressão e este é um passo importante para compreender o que acontece em nível genético”, diz Michele Pergadia, membro da equipe americana.
Estudos com famílias cujos membros apresentavam quadros depressivos já indicavam que o problema tem origem genética. Segundo cientistas, até 40% dos riscos de desenvolvimento do mal estão relacionados a essa causa. Os demais são provenientes de fatores externos.
Depressão – Casos de depressão severa afetam cerca de 20% da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão deverá ser uma das doenças com maior número de casos no mundo em 2020 – ao lado dos males cardiovasculares.
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