Técnicas avançadas para doenças no pulmão são aplicadas no Brasil. No ano passado, foi realizada no Brasil a primeira cirurgia para implantação de um marca passo respiratório. Fabricado nos Estados Unidos, aqui no Brasil era desconhecido da comunidade médica.
Um transmissor ao lado de fora do corpo envia ondas de rádio através de fios que funcionam como antenas. Os impulsos elétricos chegam aos receptores implantados no tórax do paciente. A energia é captada por eletrodos que fazem o diagrama funcionar, permitindo a entrada de ar nos pulmões.
Cirurgias desse tipo já são realizadas em São Paulo. Entretanto, muitos pacientes não têm acesso à técnica devido ao seu alto custo. O marca passo custa cerca de R$ 300 mil, incluindo impostos. O valor é o mesmo que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta para manter os pacientes respirando por cinco meses.
Mas nem sempre a dificuldade dos médicos e pacientes é financeira. No Brasil muita gente morre vítima da burocracia. Um exemplo disso é uma técnica desenvolvida no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.
Os médicos recuperam pulmões que antes não poderiam ser usados por causa do liquido acumulado em seu interior. O cirurgião Fábio Jatene explica que um dos grandes problemas é a lentidão para a avaliação e a liberação do procedimento.
“Eu reforço que é importante que haja um controle, apenas o que gostaríamos é que esse controle fosse mais ágil”, diz. A técnica já é aplicada com sucesso em outros países e aqui poderia dobrar o número de transplantes.
A aprovação foi pedida há um ano e meio, mas tem que passar por três comissões de ética: uma no Incor, outra no Complexo Hospitalar das Clinicas e por último na do governo federal. Com a demora, 24 pulmões recuperados foram para o lixo.
Eles poderiam diminuir a angústia de quem fica em média três anos na fila.O judoca Rafael luta há dois anos contra um tumor no timo, uma glândula que fica próxima aos pulmões. Para retirar, os médicos sugeriram a cirurgia por meio de robôs. A cirurgia é menos agressiva e gera menos estresse tanto para a família quanto para o paciente.
Ao contrario da cirurgia tradicional em que se abre o peito do paciente, a robótica faz apenas três pequenos cortes, de um centímetro cada. Em um deles é colocada uma micro câmera que faz imagens tridimensionais. Com uma visão privilegiada, o cirurgião opera os instrumentos a distância.
O médico Rodrigo Sardenberg explica que o robô filtra os tremores do cirurgião.Além disso, “por conta da menor agressão, o paciente tem um pós-operatório mais curto. Então, para se ter uma ideia, com a cirurgia convencional, o paciente fica internado de cinco a sete dias, isso quando não tem que ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar alguma complicação. Com a cirurgia robótica, a ideia os pacientes ficam 48 horas internado”.
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