Pois,
é! Nos últimos anos falaram tão mal do sol que ele anda meio escondido.
Geralmente essas questões médicas acabam tomando rumo ao exagero. Não
resta a menor dúvida que a exposição exagerada ao sol sem proteção pode
conduzir ao câncer e pele, mas na medida certa ele é fundamental à saúde
de todos os seres vivos e do planeta superando inclusive os possíveis
malefícios. O sol faz bem aos ossos, ao sistema imunológico, regula a
pressão arterial, pode prevenir o diabetes tipo 2 e até alguns tipos de
câncer como as de mama, próstata, pulmão e intestino. Não há como negar!
O maior benefício do sol é na ação antidepressiva. Quem não se alegra
ao acordar e ver pela janela o sol brilhando no horizonte? Até os
pássaros cantam com mais alegria num dia de sol.As
pesquisas mais recentes fortalecem o que já era sabido. Não basta o
sujeito ingerir vitamina D. É necessária a exposição ao sol para
metaboliza-la através da pele. Sem ele nada feito. A vitamina D age na
multiplicação de certos tipos de células, na liberação de hormônios, na
absorção de nutrientes e na manutenção do ritmo cardíaco.
Não
são poucas as pesquisas comprovando a relação benéfica da vitamina D na
prevenção de diversos tipos de câncer e estão pautadas em investigações
simples e lógicas. Uma delas, liderada pelo médico Johan Moan da
Universidade de Oslo comparou os níveis da vitamina D no sangue dos
habitantes de países dos hemisférios Norte e Sul. Entre os do hemisfério
Norte, onde o sol se esconde na maioria dos dias, as quantidades chegam
a ser um quinto menos que os do Sul e a incidência de câncer de
próstata, mama, pulmão e intestino chega a ser o dobro também lá no
Norte do planeta.
O
mais conhecido benefício de
vitamina D é na absorção do cálcio pelos
ossos no processo de construção a partir das células chamadas de
Osteoblastos que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea. A pouca
existência da vitamina associada a outros fatores de demolição e/ou
enfraquecimento ósseo estimula as células conhecidas por Osteoclastos
com estreita relação com a osteoporose. É sabido que a prática do
exercício físico com relativo impacto mais a exposição ao sol são
eficientes atitudes na prevenção da osteoporose. Quanto ao controle da
pressão arterial deve-se à síntese do hormônio renal renina através da
presença da vitamina D cujos níveis adequados também tem ação na
prevenção do diabetes tipo 2 porque ajuda a liberar a insulina, hormônio
pancreático. É um erro pensar que hipertensos e diabéticos não possam
se expor ao sol.
Um
dos motivos que os idosos estão mais sujeitos às doenças citadas é por
não tomarem sol, seja pela impossibilidade de sair de casa ou por terem
medo dos exageros que falam a respeito do sol.
O
sistema imunológico fica fortalecido com a presença do sol e isso não
precisa pesquisa para comprovar. As doenças respiratórias são mais
comuns no inverno, razão pela qual o calendário de vacinação contra a
gripe ocorre pouco antes de começar a estação fria e sem sol.
É
bem verdade que em Medicina e Ciência muita coisa é discutível, mas
outras, por existirem tantas provas, passam a ser bem estabelecidas. Uma
delas é a depressão, entre outros fatores, estar associada à falta de
endorfinas que é um hormônio natural que está prontinho para ser
liberado no cérebro bastando fazer atividade física e expor-se ao sol.
Em países onde o astro aparece pouco como na Inglaterra o índice de
depressão é relativamente alto porque as pessoas não se animam a sair de
casa e com isso socializam-se pouco. Quando saem é para beber em
ambientes fechados, mas não é a bebida o fator desencadeador da
depressão. No Rio de Janeiro as pessoas também saem para beber, mas tem
sol praia, dá vontade de pedalar, correr, nadar, caminhar e namorar. O
melhor antidepressivo está dentro do corpo, mas precisa do astro rei
para estimular.
Não
precisa muito. Bastam alguns preciosos minutos ao sol todo dia para
fazer bem à saúde. Quem deseja um bronzeado seguro pode ficar mais horas
desde que use o protetor solar adequado ao tipo e cor de pele. As
pessoas mais claras têm mais dificuldade de bronzear e devem usar fator
de proteção 30. Os negros têm uma proteção natural, a melanina que dá
cor à pele, dificultando a absorção da radiação solar e por isso podem e
devem se expor mais ao sol com fator de proteção menor para estimular a
vitamina D. A natureza diz o quanto é suficiente e se a intensidade do
sol está ou não adequada. Basta ver se os seus cachorros estão no sol.
Se estiverem fique também.
Fonte: Copacabana Runners (Corrida à saude)
Nenhum comentário:
Postar um comentário