12.17.2012

Arriscar-se faz bem – a importância de sair da zona de conforto profissional


A sobrevivência das empresas depende de ideias novas, que aplicadas, tragam resultados surpreendentes e rentáveis. Por trás deste conceito de inovação estão os profissionais que dia a dia precisam se reinventar para galgarem lugar de destaque no mercado corporativo. Em um cenário cada vez mais dinâmico, assumir riscos e sair da zona de conforto é fundamental para a vida de qualquer um.
A primeira pergunta que pode vir à cabeça de alguns profissionais é: mas para quê assumir novas responsabilidades e desafios se minha vida está bem assim? A dinâmica dentro das organizações não para e a substituição de pessoal é constante devido à busca da excelência na qualidade de produtos e serviços prestados. Independentemente do conhecimento, experiência e ética do profissional, se está em uma zona de conforto, corre o grande risco de ser substituído por alguém mais motivado.
O profissional tem de saber onde quer chegar. Se a ambição for baixa, a tendência de acomodar-se é maior. Mas, caso contrário, se anseia ter uma carreira de sucesso e retorno financeiro satisfatório, precisa fazer valer os investimentos ao longo de sua trajetória, como a formação acadêmica e cursos de aprimoramento. “Recomendo que crie um mapa de oportunidades para, inicialmente despertar interesse, e mesmo sabendo que sorte e oportunidade, só acontece para quem está preparado, esse mapa deve conter: em curto e médio prazo, as ideias de cursos, concursos, estágios, empregos, intercâmbios”, indica Cristian Stassun, coach e consultor da Aequalis, consultoria de carreira. Ele ainda aconselha que o profissional selecione um conjunto de sites com novidades e oportunidades para acompanhá-los diariamente, estreite a rede social para que as pessoas avisem das novidades e cuide do marketing pessoal para que todos saibam o que procura e o que tem para oferecer.
Faz parte do papel da empresa também estimular seus colaboradores a encarar e criar novos desafios. A companhia precisa estar atenta às políticas internas e estar sempre “de olho” no comportamento das pessoas, que é extremamente ligado ao resultado final, qualidade de produtos e serviços e atendimento aos clientes, por exemplo. Uma gestão mais participativa pode estimular os profissionais para que não caiam no comodismo e o incentivo, não apenas financeiro, faz a diferença. “Desde que esses riscos não causem prejuízos de qualquer natureza para a corporação, as pessoas que assumem riscos em suas atividades são valorizadas. A disposição a encarar desafios, lançar-se à frente de metas e do relacionamento das pessoas sempre será bem visto pelos líderes e pelas corporações de forma geral”.
Cristian Stassun observa que o profissional pode ter vários objetivos na carreira: “aumentar o salário, renda, ganhar uma promoção, ter uma marca ou empresa de sucesso ou apenas reconhecimento. Mas o mais importante não é saber se errar é fundamental para impulsionar sua carreira, quem erra mais não significa que seja a pessoa de maior sucesso”. De acordo com o consultor, se os economistas erram e não prevêem crises, se o produto falha e estraga a mercadoria, o chefe decide erroneamente e complica seu trabalho, a característica mais importante além de saber resolver os problemas ou saber quem pode resolver por você, se trata em suportá-los.

Erro calculado

Para correr alguns riscos, uma análise prévia das atitudes a serem tomadas também deve ser feita. Profissionais que agem sem pensar nas consequências de suas ações tendem a falhar mais do que aqueles que avaliam as situações com antecedência.
No cenário atual, onde o dinamismo impera, as tecnologias avançam cada vez mais e os relacionamentos se alteram a cada dia, permanecer em uma mesma posição profissional – a chamada zona de conforto – não é interessante. Mesmo aquelas pessoas que preferem fazer o habitual, vão se cobrar hora ou outra, pois o ambiente das corporações dos dias de hoje pedem essa veia de mudanças.

“Já atendi um profissional que foi indicado em todas as organizações em que passou e teve crescimento financeiro rapidamente. Nesta situação, há mais de 15 anos na mesma empresa, ele se acomodou porque enxergava sua estabilidade ali dentro. Vendo a vida estável, não investiu nele e na evolução do próprio setor que liderava e viu os outros departamentos avançarem”, relata Lucélia Borges. A consultora ainda diz que apesar da ética e responsabilidade que tinha no dia a dia, a falta de ambição e a ausência de inovação deste profissional fez com que ele fosse cobrado e perdesse seu emprego. “A recolocação dele foi muito complicada, pois teve que atualizar suas competências técnicas e resgatar sua autoestima”,
 Autor: Caio Lauer

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