Inglaterra -
Cath Gamester, 84, tem a síndrome do ouvido musical, uma condição que
faz com que ela ouça ininterruptamente meia dúzia de músicas ao mesmo
tempo. Ela começou a sofrer da condição em 2010. Aposentada, Cath, que
vive em Liverpool, na Inglaterra, pensou que o culpado fosse um vizinho
barulhento.
"Quando eu acordei pela manhã, ouvi a música "God save the Queen". Eu
pensei que fosse uma música que meu vizinho estivesse escutando", disse
ela. A lista de músicas ouvidas pela senhora inclui Silent Night (Noite
Feliz, em tradução livre), Abide with Me, You'll Never Walk Alone, Land
of Hope e Glory. Desde então, ela não para de ouvir essas músicas.
"Ouço todo tempo, também, a música Happy Birthday e parece que eu estou dando Feliz Aniversário a alguém o tempo inteiro. Eu odeio isso!" disse ela. "Também ouço um tenor, a voz de um homem. É uma voz bonita e alta, no fundo há uma música", contou Cath.
Cath não é a única que sofre com a doença. A rara condição afeta uma em cada 10 mil pessoas com mais de 65 anos. A senhora de 85 anos disse que desenvolveu a doença depois de tomar anti-depressivo para lidar com a morte de sua irmã Maria. Ela parou de tomas os comprimidos, mas as músicas continuaram.
O psiquiatra Nick Warner disse que o zumbido não tem nada a ver com problemas no ouvido. "Nós descobrimos que uma grande quantidade de pessoas que sofriam da condição ouviam hinos e cânticos de Natal, particularmente, o hino "fica comigo de novo e de novo". Ele foi ouvido por 50% das pessoas que sofrem da doença no País de Gales, no Reino Unido.
"É um hino muito reconfortante. Você tem que se perguntar se há algo gerando esta necessidade de segurança quando se está ficando mais velho. É preciso perceber se você não está sozinho ou inseguro", disse o médico. No entanto, outros pesquisadores especulam a tese de que o cérebro possa responder a um declínio na audiência, ligando a lacuna com a música bem conhecida pelo doente.
O compositor romântico Robert Schumann sofria da doença. Ele relatou que ouvia um "coro angelical" sendo cantado para ele. Infelizmente, não há cura para a doença, embora Warner diga que se distrair, socializar e ouvir músicas diferentes possa ajudar.
Toda vez que escutava as músicas, Cath começava a falar mais alto e a gritar "cala a boca". Depois de um tempo, ela aprendeu a lidar com sua condição. Hoje, ela fala sobre a doença para ajudar a superar o estigma de que ela está ligada à problemas da audição.
Pessoas com doenças mentais, como a esquizofrenia podem sofrer de alucinações auditivas psiquiátricas. Estes tendem a ouvir vozes ao invés de músicas e costumam falar com ou sobre a voz.
Aqueles com a síndrome dos ouvidos musicais têm uma experiência de alucinações auditivas não-psiquiátricas - que são músicas ou palavras não significativas para a pessoa.
"Eu digo para as pessoas pobres que são como eu para não se preocuparem muito com isso, para conseguirem levar uma vida e se divertir tanto quanto você pode ser feliz", disse Cath. As informações são do Sun.
A música não para de tocar nos ouvidos de Cath Gamester. Senhora de 84 anos sofre da síndrome dos ouvidos musicais | Foto: Reprodução Internet
"Ouço todo tempo, também, a música Happy Birthday e parece que eu estou dando Feliz Aniversário a alguém o tempo inteiro. Eu odeio isso!" disse ela. "Também ouço um tenor, a voz de um homem. É uma voz bonita e alta, no fundo há uma música", contou Cath.
Cath não é a única que sofre com a doença. A rara condição afeta uma em cada 10 mil pessoas com mais de 65 anos. A senhora de 85 anos disse que desenvolveu a doença depois de tomar anti-depressivo para lidar com a morte de sua irmã Maria. Ela parou de tomas os comprimidos, mas as músicas continuaram.
O psiquiatra Nick Warner disse que o zumbido não tem nada a ver com problemas no ouvido. "Nós descobrimos que uma grande quantidade de pessoas que sofriam da condição ouviam hinos e cânticos de Natal, particularmente, o hino "fica comigo de novo e de novo". Ele foi ouvido por 50% das pessoas que sofrem da doença no País de Gales, no Reino Unido.
"É um hino muito reconfortante. Você tem que se perguntar se há algo gerando esta necessidade de segurança quando se está ficando mais velho. É preciso perceber se você não está sozinho ou inseguro", disse o médico. No entanto, outros pesquisadores especulam a tese de que o cérebro possa responder a um declínio na audiência, ligando a lacuna com a música bem conhecida pelo doente.
O compositor romântico Robert Schumann sofria da doença. Ele relatou que ouvia um "coro angelical" sendo cantado para ele. Infelizmente, não há cura para a doença, embora Warner diga que se distrair, socializar e ouvir músicas diferentes possa ajudar.
Toda vez que escutava as músicas, Cath começava a falar mais alto e a gritar "cala a boca". Depois de um tempo, ela aprendeu a lidar com sua condição. Hoje, ela fala sobre a doença para ajudar a superar o estigma de que ela está ligada à problemas da audição.
Pessoas com doenças mentais, como a esquizofrenia podem sofrer de alucinações auditivas psiquiátricas. Estes tendem a ouvir vozes ao invés de músicas e costumam falar com ou sobre a voz.
Aqueles com a síndrome dos ouvidos musicais têm uma experiência de alucinações auditivas não-psiquiátricas - que são músicas ou palavras não significativas para a pessoa.
"Eu digo para as pessoas pobres que são como eu para não se preocuparem muito com isso, para conseguirem levar uma vida e se divertir tanto quanto você pode ser feliz", disse Cath. As informações são do Sun.
Nenhum comentário:
Postar um comentário