Cantora se apresenta amanhã no Citibank Hall, diz que não pensa em se aposentar e sonha em ter seu programa na TV
E para animar a festa,
Beth selecionou o melhor do seu repertório. “Para fazer esse espetáculo
comemorativo, eu tinha 80 músicas de sucesso para incluir. Mas como não
posso cantar tantas músicas, baixei para 26. ‘As Rosas Não Falam’,
‘Coisinha do Pai’, ‘Vou Festejar’, ‘Folhas Secas’ e ‘O Show Tem que
Continuar’ são algumas das canções que não podem faltar nos meus shows”,
comenta a sambista sobre a apresentação que terá a participação
especial da sua sobrinha, Luciana Carvalho.
Ouvir
o coro do público é música para os ouvidos da mangueirense. “Não deixo
de cantar o que o público consagrou e quer ouvir. Eu tenho a intuição do
que vai fazer sucesso, mas posso me enganar. É o público que diz se é sucesso ou não”, acredita.
Quando
olha para trás, Beth tem muito o que recordar. “Sem dúvida alguma, tive
momentos marcantes e inesquecíveis na minha carreira. Fui enredo de
escola de samba quatro vezes — Unidos do Cabuçu e Engenho da Rainha, no
Rio, Imperatriz Dona Leopoldina, em Porto Alegre, e Acadêmicos do
Tatuapé, em São Paulo (SP) —, participei três vezes do Festival
de Montreux, na Suíça, e ainda recebi o mais importante dos Grammys, o
que é dado pelo conjunto da obra. Me sinto uma privilegiada porque o que
eu fiz deu certo”, observa.
Não é à toa que a cantora não pensa em pendurar o
microfone. “O palco é tudo para mim, é onde me sinto em casa. Foi
difícil ficar longe dos palcos no período em que passei no hospital (a
internação para tratar um problema de coluna durou um ano), mas nunca me
passou pela cabeça não voltar aos palcos. Aposentadoria? Nem pensar!”,
frisa.
Apesar de ainda se locomover com a ajuda de uma
cadeira de rodas, Beth está a mil por hora. A cantora acompanhou de
perto a produção do musical que a homenageia — ‘Andança’, em cartaz no
Teatro Maison de France —, vai lançar uma biografia e ainda tem outros
projetos. “O meu sonho é criar o Instituto do Samba Beth Carvalho. A
ideia é que o espaço tenha um acervo da minha carreira, uma escola para
ensinar a tocar os instrumentos do samba e um teatro. É tudo um sonho,
mas estou trabalhando para que isso aconteça. O meu outro sonho é ter um
programa musical para receber cantores, compositores e, dessa forma,
resgatar um espaço que foi perdido na TV”.
ServiçoCITIBANK HALL. Avenida Ayrton Senna 3.000, Shopping Via Parque. Amanhã, às 22h30. De R$ 35 a R$ 170. 16 anos
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