O processo de impeachment, foi decisivo no caso de Collor, com a presidenta Dilma não há nada que justifique o pedido do impeachment, a não ser o ódio dos coxinhas, por terem perdido as eleições.
Rio
- A assessoria técnica do deputado Eduardo Cunha (PMDB -RJ) conclui
nesta segunda parecer sobre o pedido de impeachment contra a presidenta
Dilma Rousseff, protocolado por Hélio Bicudo. Curioso é saber
como se mantém o anunciado propósito de tirar do poder a chefe do
Executivo, eleita pela maioria, sem que haja contra ela até o momento
qualquer indício de crime. Esta é a grande diferença entre Dilma e o
outro presidente que foi apeado do poder antes da hora, Fernando Collor.
O caso é usado pela Oposição (e por alguns leitores da coluna) como
parâmetro. Aí está o que os separa: contra ele, os adversários tinham
como prova uma Fiat Elba, comprada com dinheiro da conta-fantasma de seu
tesoureiro de campanha, PC Farias; contra ela, até agora, não há
elemento nenhum.
É claro que tudo pode mudar. O TCU ainda não julgou as ‘pedaladas fiscais’ do governo, ou seja, os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional aos bancos públicos para pagar os benefícios sociais e previdenciários. Esse recurso já foi usado várias vezes em gestões anteriores, sem nenhuma objeção do tribunal. Apesar disso, se as contas forem reprovadas, a discussão poderá tomar outro rumo.
Também poderá vir, quem sabe, das delações da Operação Lava Jato alguma pista que revele a ligação direta com as propinas pagas por empreiteiros com a campanha de reeleição de Dilma. Isso seria algo bastante comprometedor, tanto para a presidenta quanto para seu vice, Michel Temer. Caso essa suspeita se confirme, ela e ele correriam sério risco de deixar o Palácio do Planalto, pois ambos são da mesma chapa.
Tudo isso, porém, existe apenas no terreno das hipóteses. Nada foi provado até aqui contra Dilma. Compreende-se que o ódio ao PT, a revolta contra os descaminhos da economia e a baixa popularidade façam aumentar o tom das reclamações contra o governo. Mesmo assim, em um regime que não seja parlamentarista, como é o nosso caso, nada disso é suficiente para a retirada de uma presidenta antes do fim do mandato. O que é realmente necessário para um possível processo de impeachment, e foi decisivo no caso de Collor, ainda não apareceu: as provas.
POR TRÁS DA TRIBUNA
A história foi contada ao repórter Geneton Moraes Neto, por Cleto Falcão, líder do partido do governo de Fernando Collor na Câmara dos Deputados.
Collor encontrou-se com Jânio Quadros em Roma, pouco antes da eleição presidencial de 89. Depois de uma introdução cordial, ao saber que o então candidato tinha 39 anos, Jânio soltou: “Muito novo para ser presidente!”
Collor tentou contornar. “Mas gostaria de lembrar que o senhor foi presidente muito jovem, com pouco mais de 40 anos!”.
Jânio, que bebia uma taça de vinho, virou-a de uma vez só e deu um soco na mesa, antes de responder: “E deu na merda que deu!”
É claro que tudo pode mudar. O TCU ainda não julgou as ‘pedaladas fiscais’ do governo, ou seja, os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional aos bancos públicos para pagar os benefícios sociais e previdenciários. Esse recurso já foi usado várias vezes em gestões anteriores, sem nenhuma objeção do tribunal. Apesar disso, se as contas forem reprovadas, a discussão poderá tomar outro rumo.
Também poderá vir, quem sabe, das delações da Operação Lava Jato alguma pista que revele a ligação direta com as propinas pagas por empreiteiros com a campanha de reeleição de Dilma. Isso seria algo bastante comprometedor, tanto para a presidenta quanto para seu vice, Michel Temer. Caso essa suspeita se confirme, ela e ele correriam sério risco de deixar o Palácio do Planalto, pois ambos são da mesma chapa.
Tudo isso, porém, existe apenas no terreno das hipóteses. Nada foi provado até aqui contra Dilma. Compreende-se que o ódio ao PT, a revolta contra os descaminhos da economia e a baixa popularidade façam aumentar o tom das reclamações contra o governo. Mesmo assim, em um regime que não seja parlamentarista, como é o nosso caso, nada disso é suficiente para a retirada de uma presidenta antes do fim do mandato. O que é realmente necessário para um possível processo de impeachment, e foi decisivo no caso de Collor, ainda não apareceu: as provas.
POR TRÁS DA TRIBUNA
A história foi contada ao repórter Geneton Moraes Neto, por Cleto Falcão, líder do partido do governo de Fernando Collor na Câmara dos Deputados.
Collor encontrou-se com Jânio Quadros em Roma, pouco antes da eleição presidencial de 89. Depois de uma introdução cordial, ao saber que o então candidato tinha 39 anos, Jânio soltou: “Muito novo para ser presidente!”
Collor tentou contornar. “Mas gostaria de lembrar que o senhor foi presidente muito jovem, com pouco mais de 40 anos!”.
Jânio, que bebia uma taça de vinho, virou-a de uma vez só e deu um soco na mesa, antes de responder: “E deu na merda que deu!”
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