A
senadora Fátima Bezerra (PT-RN) confessou ao subir ao plenário nesta
terça-feira (02): seu propósito inicial era falar sobre as perspectivas
do ano que se inicia, mas mudou de ideia com a forma com que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa, Marisa, vêm sendo
atacados “da maneira mais sórdida e mais leviana”.
Dizendo-se
“indignada” porque a motivação desses ataques de setores do Ministério
Público e da grande imprensa não tem qualquer fundamento jurídico. “Faço
esse protesto com a alma e com o sentimento de quem compartilha com o
presidente Lula, em mais de três décadas, do sonho que é realmente
termos uma sociedade, um mundo, com inclusão, com generosidade, com
justiça para com o nosso povo, porque é disso que se trata exatamente a
luta do Presidente Lula”, disse a senadora Fátima Bezerra, lembrando do
“migrante nordestino que acreditou ser possível construir, ao lado de
tantos outros filhos da margem, um partido de trabalhadores, um partido
capaz de organizar milhares de brasileiros para destruir aquela muralha e
construir um novo Brasil”.
Mas
a Casa Grande, observou, não engole o “operário supostamente analfabeto
que se transformou numa referência internacional, recebendo títulos em
universidades de todo o planeta e ajudou a eleger a primeira mulher
Presidenta do Brasil, quebrando mais um paradigma de nossa cultura”.
Fátima
lembrou da crise política que atravessou todo o ano passado, situando
sua origem na derrota candidato do PSDB, Aécio Neves, mas eleições de
2014. “Foi então que as elites verde-amarelas, lideradas pelo PSDB e
pelo DEM, iniciaram uma verdadeira operação de guerra para retornar ao
governo central”.
Inicialmente,
a oposição apostou no impeachment da Presidenta Dilma, mas, ao escolher
Eduardo Cunha para liderar a manobra, tornou o movimento golpista
carente de credibilidade. Agora, prevendo o fracasso do golpe e temendo o
potencial eleitoral de Lula nas eleições de 2018, aposta numa operação
criminosa de caça ao ex-presidente, fazendo uma verdadeira devassa na
vida de sua família em busca de indícios de corrupção.
Para
tanto, servem-se do oligopólio da mídia e de setores conservadores do
Judiciário, “que desprezam completamente o Estado Democrático de Direito
e a Constituição Federal para tornar factíveis suas teorias
infundadas”.
Ao
final, a senadora Fátima Bezerra, assim como fizeram outros senadores
que ocuparam a tribuna para defender Lula, assegurou que haverá
resistência a qualquer tentativa de incriminar o ex-presidente. “Que
ninguém ouse duvidar da nossa capacidade de luta, da capacidade de luta
do povo brasileiro e da capacidade de luta dos trabalhadores e
trabalhadoras, porque hoje, mais do que nunca, presidente Lula, nós
somos não só seus filhos, nós somos, na verdade, seus companheiros”.
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