Piada pronta: Moita é do PSDB (José Simão)
“Moita” tratou da máfia da merenda nos Bandeirantes
Relatório policial da Operação Alba Branca revela que Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, braço-direito do secretário da Casa Civil do governo tucano de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido, caiu no grampo várias vezes dizendo a interlocutores “tô no Palácio”; nas conversas, ele trata com integrantes da organização sob suspeita de fraudar licitações e superfaturar produtos agrícolas e suco de laranja destinados à merenda em pelo menos 22 prefeituras; ele age para atender aos interesses da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de Cássio Chebabi (que aparece acima na foto com Alckmin); segundo Edson Aparecido, a indicação de “Moita” para o cargo foi “do partido”; “O PSDB precisa se posicionar”, diz ele; no fim de semana, Alckmin disse que "Lula é a cara do PT, sem ética, sem limites", mas não falou do esquema da merenda em seu próprio governo247 - Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, então braço-direito do secretário-chefe da Casa Civil do governo tucano de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido, operava para a quadrilha da merenda escolar de sua sala no Palácio dos Bandeirantes.
O relatório policial da Operação Alba Branca revela que “Moita” caiu no grampo várias vezes dizendo a interlocutores “tô no Palácio”. Nas conversas, ele trata com integrantes da organização sob suspeita de fraudar licitações e superfaturar produtos agrícolas e suco de laranja destinados à merenda em pelo menos 22 prefeituras.
O presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), Cássio Chebabi, delatou à polícia e ao Ministério Público que as propinas pagas eram equivalentes a 10% sobre o valor dos contratos. Acusa o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e o secretário estadual de Logística e de Transportes, Duarte Nogueira, de se beneficiarem do esquema.
Segundo o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, a indicação de “Moita” para o cargo foi “do partido”. “O PSDB precisa se posicionar. Da nossa parte, o que tinha que ser feito do ponto de vista da responsabilidade jurídica nós fizemos e o caso está na Corregedoria”, disse.
No fim de semana, Alckmin disse que "Lula é a cara do PT, sem ética, sem limites", mas não falou do esquema de desvios da merenda, em seu próprio governo.
Leia aqui reportagem de Mateus Coutinho sobre o assunto.
Lula: 'Alckmin deve explicar os desvios na merenda'
O ex-presidente Lula rebateu, por meio da assessoria do Instituto Lula, as críticas feitas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); segundo o tucano, "Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção"; em nota, o instituto disse que o apartamento triplex no Guarujá, alvo de investigação do MP-SP e da Lava Jato, "nunca foi de Lula"; o texto diz, ainda, que Alckmin deveria explicar "os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado"; pelo Twitter, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também criticou o tucano: "Alckmin deveria cuidar do seu governo, que está tirando comida da boca das crianças"; A declaração foi uma alusão ao recente escândalo de fraude na compra de merenda em SPEm nota, a assessoria de imprensa do Instituto Lula citou os desvios no Metrô e na compra de merenda escolar e reforçou que o apartamento triplex no Guarujá, alvo de investigação do Ministério Público (MP-SP) e da Operação Lava Jato, nunca foi de propriedade do ex-presidente.
"Seria mais proveitoso para a população de São Paulo se a imprensa perguntasse e o governador explicasse os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado, ao invés de tentar desviar a atenção para um apartamento que não é e nunca foi de Lula", disse o instituto, em nota.
Durante evento em que Alckmin entregou novos veículos para as polícias Civil e Militar de São Paulo. o tucano disse considerar "triste" o atual cenário envolvendo o nome do ex-presidente. “É muito triste o que nós estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça", acrescentou.
Pelo Twitter, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também criticou o governador Geraldo Alckmi, ao dizer que, em vez de atacar Lula, o tucano deveria cuidar do seu governo, que está tirando comida da boca das crianças”. A declaração foi uma alusão ao recente escândalo de fraude na compra de merenda que atinge prefeituras e o governo de São Paulo.
Máfia da Merenda
As críticas de Alckmin aconteceram momento delicado para o governo de São Paulo está envolvido num esquema milionário de desvios de recursos da merenda escolar das crianças para o financiamento de campanhas eleitorais do PSDB.
Um dos nomes supostamente envolvidos no esquema seria do presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), acusado por funcionários da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) de receber propina a cada contrato celebrado entre a entidade e o setor público.
Capez foi citado em depoimentos de funcionários da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) à Polícia Civil na semana passada. Pelas mensagens, os funcionários da entidade afirmaram que o tucano recebia propina que chegava a 25% dos contratos. Além de Capez, foram citados ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Luiz Roberto dos Santos, conhecido como "Moita".
A máfia, que envolve três cooperativas de agricultura familiar atuou em 152 cidades paulistas, de acordo com documento da Operação Alba Branca. Em depoimento, o delator ex-presidente da Coaf Cássio Izique Chebabi confirmou a formação de cartel para obter licitações. Os municípios eram responsáveis por R$ 209,8 milhões (48%) do total para gastos com merenda de agricultura familiar, R$ 435 milhões (leia mais aqui).
Desde que foi deflagrada a operação, vários auxiliares próximos de Alckmin já foram citados pelo empresário Cássio Chebabi. Também foram citado o secretário de Transportes, Duarte Nogueira, ex-presidente do PSDB-SP, e o ex-secretário de Educação, Herman Voorwald. T
Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Educação, e Luiz Roberto dos Santos, o "moita", que era chefe de gabinete de Edson Aparecido, chefe da Casa Civil e braço direito de Alckmin – Padula e "moita" foram exonerados.
Ao comentar das denúncias, Alckmin citou o "rigor ético" ao se referir ao ex-secretário da Educação, Herman Woorvard, e ao deputado federal Duarte Nogueira, ex-secretário da Agricultura e atual titular da pasta de Logística e Transportes. "Conheço o doutor Herman Woorvald há décadas. Luterano. Absoluto rigor de natureza ética. Da mesma forma o secretário Duarte Nogueira. Queremos apuração absoluta para quem tiver culpa responder criminal e judicialmente", disse o governador.
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