Procurador-geral da República participou de solenidade que abriu trabalhos do Judiciário em 2016; no final do ano passado, ele chegou a defender a renúncia do presidente da Câmara
Brasília
- Ao lado de um Eduardo Cunha (PMDB-RJ) visivelmente constrangido, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu ferrenhamente a
Operação Lava Jato e afirmou que o Ministério Público Federal não
compactua com ilícitos, nessa segunda-feira. O discurso foi feito
durante a solenidade de abertura dos trabalhos do Judiciário em 2016,
realizado no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Ao Ministério Público brasileiro cumpre a persecução e a tutela de bens e direitos conferidos a cada um dos cidadãos", afirmou Janot enquanto era observado por Cunha, um dos alvos da operação que busca desmantelar esquemas de desvios praticados dentro da Petrobras. Presidente da Câmara, o deputado federal é acusado de receber milhões em propina relacionados a contratos de navios-sonda e de exploração de um campo de petróleo em Benim, na África.
Levantamento apresentado pelo procurador mostra que a Lava Jato já proferiu um total de 80 sentenças condenatórias, investigou 119 pessoas e recuperou R$ 2,8 milhões desviados da Petrobras. Para o procurador, o país entrou em uma nova fase com a operação, na qual os "holofotes não serão desligados e estarão constantemente direcionados à observância estrita do ordenamento jurídico".
"Ao Ministério Público brasileiro cumpre a persecução e a tutela de bens e direitos conferidos a cada um dos cidadãos. Por natureza, não compactuamos com o ilícito, o autoritarismo, com o interesse velado. Buscamos, simples e só, de forma clara e objetiva, a verdade dos fatos e não de factoides" completou.
"Ao Ministério Público brasileiro cumpre a persecução e a tutela de bens e direitos conferidos a cada um dos cidadãos", afirmou Janot enquanto era observado por Cunha, um dos alvos da operação que busca desmantelar esquemas de desvios praticados dentro da Petrobras. Presidente da Câmara, o deputado federal é acusado de receber milhões em propina relacionados a contratos de navios-sonda e de exploração de um campo de petróleo em Benim, na África.
"Por natureza, não compactuamos com o
ilícito, o autoritarismo, com o interesse velado. Buscamos, simples e
só, de forma clara e objetiva, a verdade dos fatos e não de factoides",
completou Janot – que já pediu publicamente para que o deputado fosse
afastado de seu cargo.
O clima foi de constrangimento também pelo fato de
Cunha (PMDB-RJ) ter sido colocado pelo cerimonial da Corte ao lado de
Janot, para quem o deputado usa seu cargo para intimidar parlamentares e
cometer crimes.
Além disso, Janot deixou de mencionar o nome do
presidente da Câmara ao enumerar as autoridades presentes no evento,
entre as quais estavam o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), também investigado na Lava Jato, e o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo.Levantamento apresentado pelo procurador mostra que a Lava Jato já proferiu um total de 80 sentenças condenatórias, investigou 119 pessoas e recuperou R$ 2,8 milhões desviados da Petrobras. Para o procurador, o país entrou em uma nova fase com a operação, na qual os "holofotes não serão desligados e estarão constantemente direcionados à observância estrita do ordenamento jurídico".
"Ao Ministério Público brasileiro cumpre a persecução e a tutela de bens e direitos conferidos a cada um dos cidadãos. Por natureza, não compactuamos com o ilícito, o autoritarismo, com o interesse velado. Buscamos, simples e só, de forma clara e objetiva, a verdade dos fatos e não de factoides" completou.
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