Presidenta falou que estratégia é 'inviabilizá-lo'. Ela se emocionou ao falar sobre a mãe e polêmica de ser chamada de 'assassina de cachorros'
“Não acredito que eles cometam este absurdo, não porque sejam bons, mas acredito que também não são burros. Acho que transformará a prisão de uma pessoa visivelmente injustiçada em um herói. Acho que eles não irão querer. Acho que a estratégia é inviabilizá-lo para 2018. O golpe só se completa com isto. As forças que deram o golpe têm muito interesse que ele seja julgado e condenado. Eles tiram o Lula do jogo e se livram da Lava Jato”, afirmou a presidenta.
Dilma reiterou que sofreu um golpe e chamou Michel
Temer de "presidente ilegítimo", "golpista" e "usurpador". Ela ainda fez coro com a
esquerda para dizer que o PMDB retira direitos do trabalhadores com seu
programa de governo "Uma ponte para o futuro".
Ela
também criticou algumas posições tomadas na Lava Jato, como a prisão do
ex-ministro Mantega, revogada cinco horas depois, quando "Cunha e a sua família estão
soltos". “Prender o Guido Mantega é expô-lo a uma condenação que não
existe, é a condenação da mídia, e a distorção que essa publicidade dá.
Lamento imensamente a prisão dele dentro de um hospital. A senhora dele
está lutando contra um câncer desde o final de 2013", disse Dilma.
EmoçãoEm um trecho da entrevista, Dilma se emocionou ao falar sobre a mãe, que atravessa problemas de saúde e não sabe que seu mandato foi cassado. "A minha mãe está com 93 anos e agradeço a Deus e a todas as forças que ela não saiba. Ela está indo para outro plano já", disse.
Uma das coisas que mais a magoou nos dias de "transição" foi o boato de que teria mandado matar um de seus cachorros. "Teve um viés misógino, machista em relação à figura que construíram de mim. Suportei muitas coisas. Uma das que fiquei extremamente magoada foi a história do cachorro. Eu nunca deixei de ter cachorro, tive a vida inteira. Eu tinha cinco cachorros, todos eles eu herdei. Dois foram do presidente Lula, eu os criei, o meu tinha 13 anos, uma que eu peguei na rua e uma que eu ganhei", contou Dilma.
"O meu cachorro de 14 anos era um labrador e fiz de tudo para ele não morrer, mas aí ele teve duas doenças e por isso foi sacrificado. Aí virei assassina de cachorro", finalizou.
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