Movida por convicções, a Lava Jato deduziu que a sigla ‘JD’, na planilha de pagamentos da Odebrecht, era uma referência a José Dirceu ou à sua empresa, a JD Consultoria. Agora, ao prender Antonio Palocci, convencida de que ele é o “italiano”, a Lava Jato admite que errou e que a sigla ‘JD’ é uma referência a Jucelino Dourado, ex-chefe de Gabinete de Palocci.
Em fase anterior da operação, Dirceu foi acusado de ter recebido repasses de R$ 48 milhões da construtora entre 2009 e 2010, com destaque para o fato de que nesta época ele já era réu no processo do mensalão, que levou à Ação Penal 470. A defesa de Dirceu sempre protestou, alegando que todos os recursos auferidos pela JD Consultoria foram contabilizados, que uma soma de tal grandeza não passaria pela empresa sem deixar registros.
Dirceu está preso há mais de um ano em Curitiba e foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 20 anos e dez meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A pergunta que fica é se, reconhecido o engano de R$ 48 milhões, Moro vai rever a “dosimetria” da pena de Dirceu? ou só depois das eleições municipais?
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