A missão da cassada ao ex-presidente Lula para torná-lo inelegível continua.
Em mais um capítulo da caçada judicial ao ex-presidente Lula, o Ministério Público Federal apresentou mais uma denúncia contra o petista, junto com o empresário Marcelo Odebrecht e mais nove pessoas por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa; segundo o órgão, Lula atuou junto ao BNDES para favorecer a Odebrecht em empréstimos para obras de engenharia realizadas em Angola; segundo os investigadores, o crime de lavagem de dinheiro foi praticado por Lula 44 vezes, e viabilizado por meio de repasses de valores justificados pela subcontratação da empresa Exergia Brasil, criada em 2009 por Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula e alvo na mesma açãoO Ministério Público Federal denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Marcelo Odebrecht e mais nove pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa. Segundo o MPF, Lula atuou junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para favorecer a Odebrecht em empréstimos para obras de engenharia realizadas em Angola.
Os trabalhos seriam uma forma de retribuição da Construtora Odebrecht pelo fato de ter sido contratada pelo governo angolano com base em financiamento para exportação de serviços concedida pelo BNDES. No esquema, a empresa repassou aos envolvidos valores, já atualizado, que passariam de R$ 30 milhões.
Segundo a Procuradoria da República, no Distrito Federal, as práticas criminosas ocorreram entre, pelo menos, 2008 e 2015. "No caso de Lula, a denúncia separa a atuação em duas fases: a primeira, entre 2008 e 2010, quando ele ainda ocupava a presidência da República e, na condição de agente público, praticou corrupção passiva. E a segunda, entre 2011 e 2015, já como ex-mandatário, momento em que cometeu tráfico de influência em benefício dos envolvidos", disse o MPF.
Além disso, a denúncia afirma que parte dos pagamentos indevidos se concretizou por meio de palestras supostamente ministradas pelo ex-presidente a convite da construtora, que foi feita pela empresa LILS Palestras, criada por Lula no início de 2011. Segundo os procuradores, as palestras foram o foco inicial da apuração.
"Apesar de formalmente justificados os recursos recebidos a título de palestras proferidas no exterior, a suspeita, derivada inicialmente das notícias jornalísticas, era de que tais contratações e pagamentos, em verdade, prestavam-se tão somente a ocultar a real motivação da transferência de recursos da Odebrecht para o ex-Presidente Lula", diz o documento da procuradoria.
Estão entre os denunciados, além de Lula e Odebrecht, Taiguara, José Emmanuel Camano Ramos, Pedro Henrique de Paula Schettino, Maurício Bastianelli, Javier Chuman Rojas, Marcus Fábio Souza Azevedo, Eduardo Alexandre de Athayde Badin, Gustavo Teixeira Belitardo e José Madureira Correia. Na ação, os procuradores explicam que a apresentação da ação penal não significa o fim das investigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário