10.13.2016

PF prende ex-governador do Tocantins


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O ex-governador do Tocantins Sandoval Lobo Cardoso (2014 - 2015), do Solidariedade, foi preso na manhã desta quinta (13) na operação Ápia da Polícia Federal; outro ex-governador, Siqueira Campos (2011 - 2014), do PSDB, foi levado coercitivamente para depor na ação, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuou no Tocantins fraudando licitações públicas de R$ 1,2 bilhão e execuções de contratos em rodovias O ex-governador do Tocantins Sandoval Lobo Cardoso (2014 - 2015), do Solidariedade, foi preso na manhã desta quinta (13) na operação Ápia da Polícia Federal. A ação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuou no Tocantins fraudando licitações públicas e execuções de contratos administrativos na área de terraplanagem e pavimentação de rodovias estaduais. 
Outro ex-governador, Siqueira Campos (2011 - 2014), do PSDB, foi levado coercitivamente para depor. Entre os alvos de busca está a secretaria de infraestrutura do Tocantins, a Seinfra, diz reportagem da Folha de S.Paulo
"Segundo a PF, a investigação apontou um esquema de direcionamento de concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos no Tocantins em 2013 e 2014.
Essas obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de cerca de R$1,2 bilhão. Os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida. 
Em outra situação, a perícia demonstrou que para a realização de determinadas obras, nos termos do contrato celebrado, seria necessário o emprego de mão de obra 24 horas por dia, ininterruptamente, o que, além de mais oneroso, seria inviável do ponto de vista prático.
Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos gire em torno de 25% dos valores das obras contratadas, o que representa cerca de R$ 200 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de formação de cartel, desvio de finalidade dos empréstimos bancários adquiridos, além de peculato, fraudes à licitação, fraude na execução de contrato administrativo e associação criminosa. Somadas as penas podem ultrapassar 30 anos."
Segundo o Estado de S.Paulo, "na decisão judicial que autorizou as ações, o Ministério Público Federal menciona o fato de na eleição de 2014, José Wilson Siqueira Campos ter renunciado ao governo para eleger o filho, Eduardo Siqueira Campos, deputado estadual. A campanha deste último teria se beneficiado de doações eleitorais das empresas investigadas na Operação Ápia; assim como as candidaturas de Sandoval e de Eduardo  Gomes, que disputaram, sem sucesso, no mesmo ano para governador e senador. Eduardo Siqueira Campos foi eleito e, por ter prerrogativa de foro, não é alvo, neste momento, da operação."

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