Conforme o Jornal do Brasil
havia antecipado a respeito da "pizza" em que poderia acabar a delação
da Odebrecht, mais conhecida como "delação do fim do mundo" e que cita a
cúpula do PSDB e do PMDB, incluindo o presidente Michel Temer,
o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse nesta terça-feira (13)
que "é possível" anular as delações da empreiteira. O ministro
argumentou que é preciso "discutir com seriedade a questão dos
vazamentos" de delações premiadas. "Isso é muito sério. O
vazamento seletivo. O vazamento antes de chegar a autoridade, que no
caso é o ministro Teori (Zavascki), que é o relator. São muitos os
problemas que precisam ser discutidos. O STF tem de tomar posição sobre
isso (...) Tem de ser examinado. O próprio relator tem de analisar.
(Mas) É possível (anular)", disse Gilmar, antes da sessão da 2ª Turma
do Supremo, durante conversa com jornalistas, demonstrando rapidez e
evidente posicionamento político para salvar os tucanos, dentre os quais
o ministro de Relações Exteriores, José Serra, apontado na delação como
beneficiário de R$ 23 milhões em propinas pagas pela Odebrecht, e o
governador Geraldo Alckmin, citado como receptor de R$ 2 milhões em
dinheiro vivo.
Mendes: "STF tem de tomar posição sobre isso. Tem de ser examinado. Relator tem de analisar"Mendes
observou que os vazamentos são crimes e afirmou que, muitas vezes, as
delações não produzem consequências penais, mas têm consequências para
os envolvidos. "Às vezes, uma consideração de índole pessoal, sem
nenhuma imputação, a acusação já se transforma na interpretação de vocês
e no mundo
político, uma questão de grandes consequências. Não terá consequências
penais, não terá relevância do ponto de vista jurídico, mas vai ter
consequência". >> Temer pede que PGR acelere investigações após vazamento de delações da Odebrecht >> A vergonha maior não é dos criminosos, e sim dos velhos magistrados
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