Nesta terça-feira, nas manifestações contra a PEC 55, a
polícia militar deteve cerca de 100 pessoas, a maioria estudantes, sendo
vários de outros estados do país; alguns detidos estão sendo
encaminhados para a carceragem enquadrados na Lei de Segurança Nacional,
artigo 20; os protestos ocorreram após a aprovação da PEC 55, que é
rejeitada por 60% dos brasileiros, segundo o Datafolha, e congela gastos
públicos por vinte anos (fotos: Mídia Ninja)
Eles foram levados para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) no Sudoeste.
Alguns detidos estão sendo encaminhados para a carceragem enquadrados na Lei de Segurança Nacional, artigo 20.
Apenas advogados estão podendo entrar na DPE.
Os protestos ocorreram após a aprovação da PEC 55, que é rejeitada por 60% dos brasileiros, segundo o Datafolha, e congela gastos públicos por vinte anos.
A FRENTE BRASIL POPULAR DF condena a operação de guerra dos governos de Michel Temer e Rodrigo Rollemberg, por meio da PMDF, da Polícia Legislativa, do Gabinete de Segurança Institucional e do Ministério da Justiça, contra a manifestação de repúdio à retirada de direitos.
Cerca de 3 mil manifestantes foram reprimidos pelo aparato militar, que colocou 2 mil soldados, com tropa de choque, cavalaria e armamento pesado, contra movimentos populares da cidade e do campo, sindicalistas e estudantes.
A repressão colocou uma barreira na altura da Catedral para constranger os manifestantes e impedir que chegassem mais próximos do Congresso. E se aproveitou de uma confusão isolada para atacar, reprimir e dispersar o ato.
Diante da violência do aparato militar, a maioria dos manifestantes recuou, enquanto uma minoria resistiu. A polícia avançou, jogando bombas, balas de borrachas e ocupando espaços com cavalaria, carros e batalhões. Na confusão, jovens black blocs cometeram excessos, o que cria um círculo vicioso de violência. Estamos levantando o número de manifestantes presos e acompanhando por meio da rede de advogados populares.
Um governo ilegítimo e constituído por meio de um golpe não tem como conviver com manifestações democráticas. O direito de manifestação está em suspensão em Brasília.
O plano do governo Temer é fechar a Esplanada e impedir protestos para impor o programa neoliberal, independente do clamor das ruas. O governador Rollemberg é conivente com as aspirações autoritárias do governo golpista e atua na linha de frente da repressão.
Precisamos resistir ao avanço do Estado de Exceção. Vamos intensificar a resistência ao programa de retirada de direitos, destruição do Estado social, privatizações e desnacionalização dos nossos recursos naturais.
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