Secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos
e um dos auxiliares mais próximos de Michel Temer está prestes a deixar
o governo; segundo a agência Reuters, Moreira Franco, identificado nas
delações da Odebrecht como "Angorá", já estaria com a carta de demissão
pronta, mas ainda não a apresentou a Temer; em delação premiada, o
ex-executivo Claudio Melo Filho disse que tratou com Moreira Franco
sobre negócios da Odebrecht na área de aeroportos; ministro teria
solicitado a ele "um apoio de contribuição financeira, mas transferiu a
responsabilidade pelo recebimento do apoio financeiro para Eliseu
Padilha"; saída de Franco seria a sétima baixa no primeiro escalão do
governo Temer em sete meses
Moreira Franco, citado em delação de ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, no âmbito da operação Lava Jato, é um dos líderes do PMDB mais próximos a Temer. Segundo a fonte, que pediu anonimato, a decisão de sair seria para não prejudicar o governo.
Em sua delação premiada à força-tarefa da Lava Jato, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho afirmou que tratou com Moreira Franco sobre negócios da empreiteira na área de aeroportos. Moreira é atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Temer.
O delator relata pedidos da empreiteira e "pressão" por parte do peemedebista, que também é linha de frente de Temer. "Em algumas oportunidades me reuni com Moreira Franco para tratar sobre temas afetos à aviação civil. Moreira Franco é um político habilidoso e se movimenta muito bem nas ações com seus pares. Acredito que há uma interação orquestrada entre ele e Eliseu Padilha (ministro da Casa Civil) para captação de recursos para o seu grupo do PMDB", diz Cláudio Melo.
Segundo o delator, Moreira Franco era identificado nas planilhas da propina com o codinome "Angorá". O ministro teria solicitado a ele "um apoio de contribuição financeira, mas transferiu a responsabilidade pelo recebimento do apoio financeiro para Eliseu Padilha".
Os 77 delatores da Odebrecht começam a prestar depoimentos para a força-tarefa nesta segunda-feira, 12. O delator listou em seu anexo da colaboração (documento em que ele apresenta os temas que poderá falar no acordo) seis ocasiões em que tratou assuntos relacionados a aeroportos.
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