Para Temer, transposição é filha de mãe solteira
Michel Temer se negou a reconhecer o óbvio: que a transposição do São Francisco é uma obra histórica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, executada na sua maioria por Dilma Rousseff, deposta pelo golpe de 2016; em visita à Paraíba nesta sexta-feira, 10, Temer disse que "ninguém pode ter a paternidade das obras de transposição"; "Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela é do povo brasileiro e nordestino porque foram vocês que pagaram os impostos que nos permitiram fazer essa obra", disse Temer em Campina Grande; povo, no entanto, reconhece o pai da criança; para o jornalista Elio Gaspari, a transposição do Rio São Francisco já está para Lula como Brasília está para JKEm visita à cidade de Campina Grande nesta sexta-feira, 10, Michel Temer se negou a reconhecer o óbvio: que a transposição do São Francisco é uma obra histórica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, executada na sua maioria por Dilma Rousseff, deposta pelo golpe de 2016.
Temer disse que "ninguém pode ter a paternidade das obras de transposição". "Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela é do povo brasileiro e nordestino porque foram vocês que pagaram os impostos que nos permitiram fazer essa obra", afirmou.
O povo, no entanto, reconhece o pai da criança.
Para o jornalista Elio Gaspari, a transposição do Rio São Francisco já está para Lula como Brasília está para JK (leia aqui).
Leia reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:
Temer diz que ninguém pode ter a paternidade da transposição do São Francisco
O presidente Michel Temer disse hoje (10) que ninguém pode ter a paternidade das obras de transposição do Rio São Francisco, uma vez que ela foi financiada pelo povo brasileiro por meio do pagamento de impostos. A declaração foi feita durante visita que faz à Paraíba.
Um pouco antes do discurso presidencial, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, havia dito que a execução do projeto só foi possível graças também à atuação de diversos ministros e ex-presidentes, desde sua concepção, o que, seguindo ele, inclui, além do presidente Temer, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Para Temer, a paternidade da obra só pode ser concedida ao contribuinte brasileiro. "Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela é do povo brasileiro e nordestino porque foram vocês que pagaram os impostos que nos permitiram fazer essa obra", disse o presidente durante visita ao Complexo Multimodal Aluízio Campos, em Campina Grande.
No complexo, serão instalados diversos empreendimentos comerciais, industriais, científicos e tecnológicos, além de empresas do setor de logística. Localizado próximo a terminais rodoviários, aeroviários e portuários, além de ferrovias, gasoduto e às BRs-104 e 230, o complexo representará facilidades para o escoamento do que for produzido na região.
Durante o evento, Temer assinou a ordem de serviço para a adequação de capacidade da BR-230, trecho Cabedelo-Oitizeiro. As obras na rodovia, ao longo de 28 quilômetros (km), vão envolver a criação da terceira faixa em alguns pontos e a construção de viadutos e passarelas.
De Campina Grande, o presidente irá aos municípios de Sertânia e de Monteiro, na divisa entre Pernambuco e a Paraíba, para ver a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco. Em Sertânia, ele abrirá a comporta de um dos trechos de transposição do Rio São Francisco.
De helicóptero, o presidente vai se deslocar até o município de Monteiro, no lado paraibano, para acompanhar o deslocamento das águas do São Francisco. Em Monteiro, ele participa de cerimônia alusiva à chegada das águas, com a presença de autoridades locais.
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