Após constatarem o sucesso do projeto de transposição do rio
São Francisco, iniciado no governo Lula e que já está levando água a
milhares de nordestinos, diversos políticos têm tentado "tirar uma
casquinha" do projeto, beneficiando-se da iniciativa petista; Michel
Temer vai nesta sexta-feira, 10, aos municípios de Monteiro e Campina
Grande, na Paraíba, tentar colher algum dividendo político da obra;
recentemente, em sua tentativa de se cacifar para a disputa ao Planalto,
o tucano Geraldo Alckmin também visitou o empreendimento; até as
eleições de 2018, a briga tende a esquentar; paralisado há oito meses, o
trecho norte do projeto poderá ser concluído apenas em pleno ano de
campanha presidencial
As informações são de reportagem de Marina Falcão e Fernando Taquari no Valor.
"Com 217 quilômetros de extensão, o ramal leste da transposição, que beneficia Pernambuco e Paraíba, será oficialmente inaugurado por Michel Temer hoje, em evento nas cidades de Monteiro (PB) e de Campina Grande (PB). Será a terceira visita de Temer às obras em apenas três meses.
Em discursos nos canteiros de obras, Temer não tem citado diretamente os governos do PT, período em que foi iniciado e cumprido a maior parte do projeto. Em duas ocasiões, disse ainda que quer se conhecido como "o maior presidente nordestino" que já existiu.
A situação incomoda os petistas. 'Todo o pessoal do governo, que nunca colocou uma pá de terra na obra, está querendo tirar uma casquinha', disse o senador Humberto Costa (PT-PE) ao Valor.
Diante disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara-se para, ainda no mês de março, visitar as obras do projeto uma ou duas vezes. Nas redes sociais, Lula tem chamado para si a paternidade. 'Quem estava no poder estudava, estudava e nada fazia', diz publicação do ex-presidente ontem no Facebook.
Com planos de disputar a Presidência em 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), visitou recentemente as obras da transposição em Pernambuco sob o pretexto de acompanhar o uso de maquinário da Sabesp que o governo do Estado emprestou para acelerar a conclusão do trecho leste. Em dezembro, quando assinou o contrato de cessão das bombas, Alckmin disse que o ato era 'uma oportunidade de retribuirmos aos nordestinos, que tanto que contribuíram para o desenvolvimento de São Paulo'."
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