Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Marcelino Galo (PT) afirma que a proposta de reforma da Previdência enviada por Michel Temer (PMDB) ao Congresso "praticamente inviabiliza a aposentadoria das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais, além de prejudicar duramente as mulheres e trabalhadores da educação"; Para Galo, que é engenheiro agrônomo, a proposta que tramita na Câmara "visa garantir única e exclusivamente o lucro dos rentistas e especuladores do mercado financeiro", por meio do pagamento dos juros da dívida pública
Para Galo, que é engenheiro agrônomo, a proposta que tramita na Câmara "visa garantir única e exclusivamente o lucro dos rentistas e especuladores do mercado financeiro", por meio do pagamento dos juros da dívida pública. Se aprovada a nova regra, o trabalhador rural só poderão se aposentar com idade mínima de 65 anos e 25 anos de contribuição para o INSS. Mas para ter direito ao valor integral da aposentadoria os trabalhadores terão que contribuir durante 49 anos com a Previdência.
"Esse é um massacre contra os trabalhadores do campo que dependem da produção, não tendo, via de regra, renda fixa, e ainda enfrentam a diminuição da renda por conta de fenômenos climáticos como as secas. Esta reforma acaba com a aposentadoria especial para esses trabalhadores que, no atual modelo, pode comprovar que é ou foi trabalhador rural por ao menos 15 anos e se aposentar. Mas isso tudo acaba com essa reforma", critica Galo.
"Este ataque trará profundas consequências para essas famílias, que trabalham duro na terra, e também para os municípios, pois todos nós sabemos o quanto a renda dos aposentados e aposentadas contribui para dinamizar e fortalecer a economia local. Essa é uma tragédia em cascata, por isso temos que reagir. Não nos resta outra saída a não ser lutar contra essa reforma e exigir que os mais ricos paguem a conta", completa o deputado.
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