Medicamentos como auto-sugestão
Por Emile Coué
Por Emile Coué
Não quero dizer que se deixem de tomar os medicamentos receitados
pelos médicos, ou de obedecer ao tratamento por ele ordenado, quando se
põe em prática a auto-sugestão por mim aconselhada. Com efeito, acho
que, independentemente do valor terapêutico real, que possa ter, o remédio
é um maravilhoso veículo de sugestão. Quero mesmo ir além: minha
opinião é que o médico presta serviço ao seu doente, receitando-lhe
remédios, mesmo que os não julgue necessários pois que a poção, o pó, a
cápsula é que o deve curar, porquanto, em geral, o doente faz pouco caso
dos conselhos de higiene que se lhe possam dar.
Acho também que os medicamentos formulados pelo próprio
médico exercem mais ação sobre o doente do que os remédios
especializados, que muitas vezes, não tem real valor e nos quais o paciente
não deposita a mesma confiança que tem naqueles que o médico formula,
pessoalmente. Sobretudo, se lhe explica, verbalmente e minuciosamente, o
modo de usá-los, o seu efeito será ainda maior.
Portanto, longe de considerar a auto-sugestão e a medicina como
rivais, o que, infelizmente, muitas vezes acontece, é mister, ao contrário,
considerá-las boas amigas, que, em vez de serem incompatíveis, devem se
dar as mão, reciprocamente, e se completarem uma a outra. Um dos meus
maiores desejos, um dos meus pontos visados é conseguir a inclusão do
estudo obrigatório da sugestão e da auto-sugestão, nos programas das
escolas de medicina, não só em França como também no estrangeiro, para
maior utilidade da profissão de médico, que disporá de mais uma arma no
combate contra a moléstia e, sobretudo, para o maior bem dos doentes.
A falta desse ensinamento é lamentável, porque, se comparamos
cada um de nós com um automóvel, cujo o corpo é a
carrosseria, cujo espírito é o motor, notaremos que nas escolas os estudantes aprendem a cuidar do corpo, isto é, da
carrosseria, mas ignoram o espírito ou, por
outra, o motor. De maneira que, se se verificar um desarranjo no motor e
este, por si mesmo, não se consertar, o veículo não poderá mais mover-se.
Se, porém, os estudantes soubessem, igualmente, cuidar do espírito, isto é,
do motor, fariam o veículo facilmente pôr-se em marcha.
O
link abaixo contém o livro de Emile Coué intitulado Emile Coué O Autor foi um psicólogo francês muito respeitado. É uma leitura
indispensável, me parece, para melhorarmos o nosso intelecto.
http://www.clube-positivo.com/ biblioteca/pdf/coue.pdf
http://www.clube-positivo.com/
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