A bancada da bala é composta basicamente por PMs e militares que não aceitam a aposentadoria aos 65 anos. Seus 37 deputados querem excluir as referências aos policiais do texto da emenda, mantendo a aposentadoria especial para atividades de risco. A eles somam-se outras ameaças de defecções. Muitos governistas vão defender a manutenção da aposentadoria especial para professoras do ensino básico, uma categoria social que tem peso em seus redutos eleitorais do interior. O partido Solidariedade, de Paulinho da Força Sindical, também já se arrependeu do alinhamento ao golpe e vem fazendo barulho contra.
Diante das resistências crescentes na própria base, o relator, Arthur Maia, já trabalha pela proposição de uma nova regra de transição, pela qual só se enquadrariam na idade mínima de 65 anos para aposentadoria os contribuintes que tenham ingressado no sistema após o ano de 1993. Pela proposta do governo, quem tiver mais de 50 anos idade na data da promulgação da emenda perderá o direito de se aposentar por tempo de contribuição, ainda que já tenha cumprido a exigência atual, de 30/35 anos (mulher/homem) de contribuição. Mas tem dito que se não houver uma “flexibilização”, haverá indigestão.
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