A empreiteira Odebrecht pode ter utilizado um
operador financeiro e uma empresa de entrega de valores para transportar
quantias diretamente ao ministro da Casa Civil Eliseu Padilha e ao
advogado José Yunes, amigo de Temer; a operação 'Câmbio, desligo' da
Polícia Federal que investiga essas conexões foi deflagrada da
quinta-feira, dia 3, e tem como foco o sistema financeiro paralelo
liderado pelo doleiro Dario Messer, apontado como o ‘doleiro dos
doleiros’; o esquema movimentou U$S 1,6 bilhão de dólares entre 2011 e
2017, através de 3 mil offshores espalhadas em 52 países
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– A empreiteira Odebrecht pode ter utilizado um operador financeiro e
uma empresa de entrega de valores para transportar quantias diretamente
ao ministro da Casa Civil Eliseu Padilha e ao advogado José Yunes, amigo
de Temer. A operação da Polícia Federal que investiga essas conexões
foi deflagrada da quinta-feira, dia 3, e tem como foco o sistema
financeiro paralelo liderado pelo doleiro Dario Messer, apontado como o
‘doleiro dos doleiros’. O esquema movimentou U$S 1,6 bilhão de dólares
entre 2011 e 2017, através de 3 mil offshores espalhadas em 52 países.
“Os delatores Vincius
Claret, conhecido como Juca Bala, e Cláudio Barboza, o Tony, revelaram
aos investigadores da “Câmbio, Desligo” que a Odebrecht era cliente do
grupo comandado por Messer e que o doleiro chegou a emprestar US$ 8
milhões, em 2011, para o caixa 2 da empresa utilizado para pagar propina
a políticos.
Os pagamentos aos
aliados do presidente seriam parte dos R$ 10 milhões supostamente
prometidos pela empreiteira baiana ao grupo político de Temer em jantar
realizado, em 28 de maio de 2014, no Palácio do Jaburu. Os repasses,
delatados pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht
Cláudio Mello, são alvos de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF)
em que Temer e os ministros Moreira Franco (atualmente em Minas e
Energia) e Padilha são investigados por suspeitas de repasses de
propinas para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à
empresa.”
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