3.11.2009

PLANTAS QUE PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS

PLANTAS QUE PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS



Cannabis Sativum

Maconha é designação de origem africana do cânhamo (Cannabis sativa), quando considerada planta medicinal; da resina, obtida das folhas terminais e das inflorescências; das preparações que se fazem com essa resina, essas folhas e essas inflorescências.
São termos equivalentes, no Brasil e na África portuguesa ,diamba, liamba e riamba, também de origem africana; no Nordeste brasileiro, fumo-de-caboclo ou fumo-de-angola; nos EUA e em países hispano-americanos, marhjuana ou marijuana. A variedade indiana do cânhamo (cannabis indica) tida como cânhamo mais ativo, e, principalmente, a resina e as preparações, têm, no Oriente Próximo e no norte da África, o nome de haxixe.
O cânhamo é uma erva dióica, anual. originária da Ásia, de onde largamente se difundiu, sobretudo para regiões subtropicais, nas quais passou a ser cultivada ou se tornou espontânea. Desde tempos muito antigos é conhecida como planta medicinal e as suas fibras aproveitadas, como ainda hoje o são, na feitura de tecidos e cordas, e os seus frutos (impropriamente denominados sementes) na alimentação de aves e no preparo de tintas.
Os chineses, há mais de 2 mil anos, empregavam a resina como anestésico em cirurgia, prática repetida no Renascimento por alguns cirurgiões europeus, entre os quais o francês Ambroise Paré (1517-1590). Seu emprego como droga alucinógena, também muito antigo, sobretudo entre os muçulmanos, aos poucos estendeu-se ao Ocidente, onde, acentuando-se nos dois últimos decênios, passou, principalmente no último, a constituir problema social, menos grave, entretanto, do que o existente na Índia e no Egito, onde, ao que parece, se utilizam preparações mais ativas. Este fato estimulou, nos últimos tempos, o estudo da maconha, até então pouco cuidada.

Ação farmacológica: Para os mesmos pesos de material colhido não há diferença de atividade entre os produtos obtidos de plantas masculinas ou femininas. Entre os diversos compostos químicos que se encontram na maconha, destacam-se: o canabinol, o canabidiol, o ácido cabinólico e, como substâncias mais ativas, diversos isômeros do tetrahidrocanabiol (THC), dos quais o principal é o -delta9-tetrahidrocabinol. Já se sintetizaram diversos derivados do THC, alguns deles com mais atividade do que os produtos naturais.
Estudos em animais, feitos com extratos de maconha ou com THC, administrados por via oral, subcutânea ou pulmonar, mostram efeitos neurofisiológicos, bioquímicos e alterações do comportamento, variáveis com o animal e com a dose, alguns não muito diferentes daqueles determinados pelos barbitúricos: hipotermia, sedação, redução da atividade espontânea e da agressividade, permanência em atitudes impostas (a chamada catalepsia experimental), perda de habilidade e de motivação para atividades complexas e, aé, quadros de alucinação (macacos).


Claviceps Paspali
Datura Suaveolans
Erytroxilum Coca
Cocaína
Também apelidada de "branca", "neve", "coca" ou "pó".

Obtida do processamento das folhas do arbusto da coca, Erythroxylon coca, uma planta nativa dos Andes bolivianos e peruanos.
Em 1860, o alcalóide cocaína foi isolado da planta. Em 1864, um oftalmologista austríaco, Carl Köller, iniciou seu uso médico como um anestésico local; a cocaína foi o primeiro anestésico local (que não induz anestesia geral, ou seja, não provoca o sono) eficaz a ser usado na Medicina. Foi usada principalmente em cirurgia do nariz, garganta e córnea, por ser um bom anestésico tópico (bastava espirrar uma solução sobre a mucosa que ela ficava amortecida) e por ser vasoconstritora (ou seja, provoca o estreitamento dos vasos sangüíneos, diminuindo o sangramento durante a cirurgia). No entanto, eram freqüentes complicações locais (por exemplo, morte da parte anestesiada) e gerais (o paciente ficava intoxicado pela cocaína que absorvia). Hoje em dia, ela foi substituída por anestésicos sintéticos mais eficazes e menos tóxicos, que não têm propriedades psicoativas.

A cocaína vendida no Brasil vem em papéis de pequena quantidade. É uma droga cara. A concentração de cocaína no pó varia muito, sendo que junto com a cocaína em si, várias impurezas e pós inertes (e nem sempre tão inertes...) vêm adicionados para "fazer volume".
Geralmente, a droga é aspirada ou inalada, sendo que absorção se dá para o sangue através da mucosa nasal. Ocasionalmente, a droga é diluída e injetada na veia, o que provoca um efeito imediato e instantâneo (o "pico").
A cocaína é um estimulante do SNC, ou seja, o seu efeito geral é de acelerar corpo e mente. Uma descrição simbólica do efeito da cocaína seria o de ligar um ventilador de 110 V em uma tomada de 220 V.
Segundo os usuários, a cocaína provoca uma sensação de euforia, excitação, um sentimento de bem-estar, uma sensação de poder, de aumento da capacidade mental e física (embora, durante experiências com voluntários, observou-se que ambas estão diminuídas pela intoxicação), de poder.
Freqüentemente usada como "afrodisíaco" (pelo menos, é o que se alega), a cocaína aumenta o desejo sexual, podendo distorcer o mesmo. Não obstante, a impotência sexual é freqüente.
A cocaína aumenta a agressividade do usuário, deixando-o "escamado", "pronto para a briga", com um fraco controle de impulsos homicidas e agressivos. Um dos problemas da cocaína é sua tendência a incitar o usuário a cometer crimes violentos e de cunho sexual durante a intoxicação. Além disso, como a droga é cara, é freqüente o envolvimento do dependente em furtos, prostituição ou estelionato para adquirir a droga.
Complicações psiquiátricas da intoxicação, como agitação, pânico, ansiedade, medo, confusão mental e desorientação, delírios paranóides, alucinações auditivas e visuais, são comuns.
Como a concentração e a pureza da cocaína vendida nas ruas varia, como a capacidade de suportar cocaína varia, e como um dependente ansioso pelo efeito e talvez sob efeito de álcool ou outras drogas não é a pessoa mais indicada para calcular doses, as overdoses são comuns, principalmente no uso intravenoso. do nariz. Como é vasoconstritora, cortando o fornecimento de sangue ao local, ulcerações nasais, perfuração do septo e destruição das cartilagens nasais não são infreqüentes.
O uso endovenoso está relacionado ao risco de infecções transmissíveis pelo sangue, principalmente o HIV e as hepatites B, C, e delta.
Existem programas de distribuição gratuita de seringas descartáveis, mas o preço da seringa não é a causa maior do compartilhamento de seringas, e sim o temor de que a droga cara seja desperdiçada ao descartar a seringa. Injetando freqüentemente uma droga em suas veias cuja esterilidade é questionável e usando uma técnica freqüentemente nada perfeita, o usuário tende a injetar microorganismos em seu tecido subcutâneo e em suas veias. Infecções, abcessos e ulcerações nos locais de injeção são freqüentes. Há sempre o risco de tromboflebite (o sangue dentro da veia coagula, havendo inflamação; as bactérias presentes infeccionam a veia); de trombose (o sangue dentro da veia coagula); de embolia (um êmbolo, por exemplo, um fragmento de sangue coagulado ou uma bolha de ar, se solta na corrente sangüínea, "encalhando" em algum lugar e provocando infarto, por exemplo, pulmonar). Um risco de vida adicional é a endocardite infecciosa: as válvulas do coração capturarem algum microorganismo da corrente sangüínea, e infeccionarem; a condição é potencialmente ameaçadora à vida e de tratamento longo e difícil.
A cocaína provoca dependência física e psicológica rápida e profundamente. Diferente da maconha, "que precisa ser perseguida, cortejada e seduzida", a cocaína "persegue e seduz" o usuário. O tempo e o número de usos necessário para que se instale tolerância e dependência variam de pessoa a pessoa, mas tendem a não serem grandes. A abstinência de cocaína provoca um série de reações psicológicas desagradáveis, em tudo semelhantes à "aterrissagem", mas não chega a por a vida do doente em risco. Os sintomas atingem um máximo do 2° ao 4° dia, e esvanecem ao cabo de uma semana, embora depressão, irritabilidade e ansiedade possam persistir por algumas semanas. A "fissura", ou desejo severo pela droga, diminui de freqüência e intensidade após o primeiro mês, mas pode reaparecer, mais amena, até meses depois. Existem medicamentos não indutores de dependência que podem ajudar o dependente nas primeiras semanas de abstinência. Períodos de depressão são uma constante no dependente em recuperação, principalmente durante os primeiros 6 meses de recuperação, mas são auto-limitados e devem ser encarados de forma positiva. Se graves, algum antidepressivo escolhido por psiquiatra
pode ser eficaz, desde que o paciente não esteja usando nenhuma droga, caso em que qualquer medicamento é ineficaz.
à medida que o efeito da cocaina passa, vem a "aterrisagem" ou "rebordosa" ansiedade, tristeza, irritabilidade, inquietude, fadiga (e, por vezes, sonolncia), desânimo, sentimento de solidão e desvalio substituem o "pique" da cocaína. A cocaína cobra seu preço pela felicidade artificial que proporcionou. O indivíduo é compelido a usar mais da drogas, ou usar outras drogas substitutas

Lophophora Williamsil (Cacto Peyote)
ALUCINÓGENOS NATURAIS:
 Várias plantas de famílias botânicas bem diferentes entre si possuem alcalóides alucinógenos, com efeito semelhante ao do LSD.
Índios Yaqui, Tarahumara e Huichol, oriundos do sul dos EUA e norte do México, usam os botões do cacto Peyote, Lophophora williamsi, em cerimônias religiosas próprias, havendo uma religião, o Peyotismo, dedicado ao pequeno cacto, rico em mescalina, um potente alucinógeno. Principalmente nos anos 60 e 70, muitos escritores e artistas experimentaram a mescalina, alegadamente como fonte de "inspiração"

Prestonia Amazônica (Haemadictyon Amazonicum
Papaver Somniferum L...

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