A dura lição de repetir o ano
Pais não devem castigar criança reprovada. Humilhação pode prejudicar aprendizado
Rio - Árvore enfeitada, luzes piscando e shoppings lotados. Enfim, chegou dezembro. Enquanto a maioria das pessoas está envolvida com a compra de presentes e a decisão sobre onde passar Natal e Réveillon, alguns pais têm outra preocupação: “Será que meu filho vai passar de ano?”. Se a resposta for negativa, não adianta brigar, colocar de castigo ou cortar as festas, dizem especialistas. A reprovação, por si só, já é uma punição.
“O aluno reprovado passa por um turbilhão emocional: revolta, sensação de fracasso, insegurança, tristeza e vergonha. Muitas mães não aguentam ver o sofrimento do filho e acabam entrando no mesmo redemoinho emocional. Mas o que eles precisam mesmo nesse momento é de apoio”, explica a psicóloga Maria Valésia Vilela.
Castigos cruéis — como não dar presentes de Natal ou cortar férias — podem traumatizar a criança. O resultado pode ser mais um fracasso escolar. “É mais uma humilhação. A criança vê todo mundo ganhando presente e se sente inferiorizada. Ela não deve sentir vergonha, mas sim que é preciso responsabilidade”, afirma.
DIFICULDADES NA ESCOLA
“Ficar longe dos amigos e refazer todas as matérias faz com que o aluno mude o comportamento e passe a se dedicar mais à escola. Cabe aos pais dialogar com os filhos”, completa o diretor da Rede Pensi, Rafael Cunha.
Há dois anos, quando a artista plástica Rosemeri Lobão, 46, percebeu que o filho Gabriel, então com 8 anos, tinha muitas dificuldades na escola e não estava preparado para mudar de série, não pensou duas vezes: pediu aos professores que reprovassem o menino. “Achei melhor que ele fazer o ano novamente, do que entrar numa turma nova e não conseguir acompanhar”, explica, ressaltando que a irmã do menino, Mariana, 11, é estudiosa. “Ela sempre gostou de ler, ele não. Mas agora ele está acompanhando bem as aulas”, conta.
A pedagoga Cátia Rabello, 36, vive drama parecido. O filho de 15 anos, Pedro Ricardo, está ‘pendurado’: ficou de recuperação em seis matérias e tenta resgatar o tempo perdido. “A culpa é um pouco minha porque a escola é longe e às vezes não dá tempo de estudar com ele”, pondera.
ORIENTAÇÕES
HORA DE ESTUDAR
Estabeleça horários diários, e faça disso um hábito de seu filho.
LONGE DA TV
Crie um ambiente favorável para o estudo, longe de distrações como televisão e videogame.
SUPORTE
Demonstre interesse nos assuntos que ele estiver estudando, mostre confiança em seu filho. Ele se sentirá mais seguro e menos ansioso para passar pelas avaliações.
FOCO
Na reta final, suspenda atividades como aulas de idiomas ou informática: é preciso concentração total nos estudos.
LAZER
Disponibilize algum tempo para o lazer de seu filho, como praticar esportes, jogar videogame e relaxar.
“O aluno reprovado passa por um turbilhão emocional: revolta, sensação de fracasso, insegurança, tristeza e vergonha. Muitas mães não aguentam ver o sofrimento do filho e acabam entrando no mesmo redemoinho emocional. Mas o que eles precisam mesmo nesse momento é de apoio”, explica a psicóloga Maria Valésia Vilela.
Castigos cruéis — como não dar presentes de Natal ou cortar férias — podem traumatizar a criança. O resultado pode ser mais um fracasso escolar. “É mais uma humilhação. A criança vê todo mundo ganhando presente e se sente inferiorizada. Ela não deve sentir vergonha, mas sim que é preciso responsabilidade”, afirma.
DIFICULDADES NA ESCOLA
“Ficar longe dos amigos e refazer todas as matérias faz com que o aluno mude o comportamento e passe a se dedicar mais à escola. Cabe aos pais dialogar com os filhos”, completa o diretor da Rede Pensi, Rafael Cunha.
Há dois anos, quando a artista plástica Rosemeri Lobão, 46, percebeu que o filho Gabriel, então com 8 anos, tinha muitas dificuldades na escola e não estava preparado para mudar de série, não pensou duas vezes: pediu aos professores que reprovassem o menino. “Achei melhor que ele fazer o ano novamente, do que entrar numa turma nova e não conseguir acompanhar”, explica, ressaltando que a irmã do menino, Mariana, 11, é estudiosa. “Ela sempre gostou de ler, ele não. Mas agora ele está acompanhando bem as aulas”, conta.
A pedagoga Cátia Rabello, 36, vive drama parecido. O filho de 15 anos, Pedro Ricardo, está ‘pendurado’: ficou de recuperação em seis matérias e tenta resgatar o tempo perdido. “A culpa é um pouco minha porque a escola é longe e às vezes não dá tempo de estudar com ele”, pondera.
ORIENTAÇÕES
HORA DE ESTUDAR
Estabeleça horários diários, e faça disso um hábito de seu filho.
LONGE DA TV
Crie um ambiente favorável para o estudo, longe de distrações como televisão e videogame.
SUPORTE
Demonstre interesse nos assuntos que ele estiver estudando, mostre confiança em seu filho. Ele se sentirá mais seguro e menos ansioso para passar pelas avaliações.
FOCO
Na reta final, suspenda atividades como aulas de idiomas ou informática: é preciso concentração total nos estudos.
LAZER
Disponibilize algum tempo para o lazer de seu filho, como praticar esportes, jogar videogame e relaxar.
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