9.12.2011

Google quer fazer barulho com o Rock in Rio

Há duas semanas, o Google iniciou uma estratégia dedicada ao Rock in Rio, festival de música que acontece entre os dias 23 de setembro e 2 de outubro no Rio de Janeiro. A tática é disponibilizar recursos de Orkut, YouTube, Google Maps e Chrome para que os usuários compartilhem informações sobre os shows. O objetivo óbvio: alimentar o uso de seus recursos. A estratégia pode ter um significado especial para a empresa: fortalecer o Orkut, afinal, no mês passado, o site perdeu pela primeira vez a liderança no segmente de redes sociais para o Facebook, segundo dados Ibope Nielsen (30,9 milhões de usuários vs. 29 milhões). Flavia Simon, gerente de marketing do Google, fala mais sobre o assunto.
Pelo YouTube, o gigante de buscas transmitirá shows de mais de 100 artistas para todo mundo – a exceção é justamente o Brasil, por conta de direitos de transmissão. No Google Maps, será possível conhecer o lugar das apresentações e os melhores caminhos para a Cidade do Rock. O Orkut, por sua vez, reunirá músicos da programação e da história do festival no Orkut ao Vivo. Em seis dias, quase três milhões de pessoas já aderiram à comunidade oficial do evento no Orkut. Confira a seguir a entrevista com Flavia Simon:
Você foi ao Rock in Rio? Participe do infográfico de VEJA

A ação no Rock in Rio será a maior já produzida pelo Google Brasil? É a maior ação já realizada no país e uma das maiores do Google no mundo. Desde os primeiros meses do ano, estamos realizando ações em eventos festivos no país. Nosso pontapé inicial foi com a transmissão do Carnaval (o YouTube transmitiu ao vivo os seis dias de festa em Salvador). No Rock in Rio, nosso objetivo é envolver vários produtos do Google.
Por que o Brasil está de fora da lista de países que receberão a transmissão dos shows pelo YouTube? É uma questão de direitos de transmissão, que estão em poder da Rede Globo. Infelizmente, não temos o direito de armazenar o conteúdo em nossa plataforma.
Vocês pensaram em usar câmera em 360º (tecnologia que permite gravar e visualizar imagens em todas as direções) no evento? É um recurso que nos atrai e já é estudado nos Estados Unidos, mas não estará presente no Rock in Rio. Quem sabe a tecnologia não apareça como uma novidade na próxima edição do Carnaval.
Por que não há nenhuma integração com o Google+? Quando estávamos desenvolvendo o planejamento para a criação de parcerias e integração entre produtos, o Google+ ainda não tinha data de lançamento. Nós estamos estudando algumas coisas: até o Rock in Rio devemos ter uma ação do Google+. Não será do tamanho do Orkut ou YouTube, mas será uma ação de guerrilha. Nosso foco é o uso do Hangout: vamos tentar estudar uma maneira de incluir o recurso no Rock in Rio. Está no nosso radar.
Com tal iniciativa, vocês pretendem angariar mais usuários para o Orkut? O Orkut é o carro-chefe de toda estrutura e queremos tê-lo como principal plataforma de compartilhamento de conteúdo entre as pessoas que estarão no evento. Criamos uma comunidade dedicada ao tema e, em seis dias, conseguimos reunir quase três milhões de pessoas. Nosso objetivo é criar ainda mais engajamento na rede: desde o início de agosto, todas as edições do Orkut ao Vivo recebem músicos que estão na programação do Rock in Rio ou que já fizeram história em outras edições. Para criar competição entre usuários, oferecemos também badges (medalhas) que serão disponibilizadas aos usuários que assistirem a quatro entrevistas ao vivo. Esses selos são exclusivos e ficam dispostos na página principal do perfil do usuário no site.

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