Dormir pouco é o principal fator para a queda de produtividade no trabalho, diz estudo britânico
Rio - Nem cigarro, nem álcool, nem má alimentação. Uma noite maldormida é o que mais pesa para a queda da produtividade no trabalho, revelou estudo feito pela Universidade Cambridge, na Grã-Bretanha. Segundo especialistas, quem dorme menos de seis horas por noite sofre de cansaço, sonolência e problemas cardiovasculares e neurológicos.
“Com tantas obrigações e informações que recebemos no dia a dia, estamos tendo uma privação crônica de sono. Deitamos cada vez mais tarde e acordamos muito cedo, o que compromete o descanso. No dia seguinte, não conseguimos assimilar os conhecimentos. É preciso restabelecer a memória”, destaca.
Para evitar a queda de desempenho, o ideal é ‘desacelerar o cérebro’ antes de se deitar, além de dormir de sete a oito horas. Segundo a neurologista, as pessoas precisam se distanciar principalmente do e-mail e do celular à noite. “Fazer exercícios físicos à noite também prejudica o sono”.
Problemas financeiros acabam com a concentração
A pesquisa britânica mostrou que a preocupação com problemas financeiros pode em alguns momentos superar os malefícios de uma noite maldormida. Uma pessoa endividada geralmente também não dorme bem e pensa muito no assunto durante o dia, o que pode desviar a sua atenção, explica Andrea Bacelar. “Há grande preocupação, e isso afeta a concentração”, acrescenta a neurologista.
Além disso, os pesquisadores enumeraram outros itens que interferem na produtividade no trabalho: estar acima ou abaixo do peso; ser sedentário; não se alimentar bem; ter sintomas de depressão; ser alvo de bullying; não ter boa relação com os colegas de trabalho; receber muitas tarefas difíceis; ser hipertenso; e ter pelo menos um dano muscular.
Segundo Andrea, todos esses fatores estão, de alguma forma, envolvidos com a má qualidade de sono. Quem tem problemas financeiros, por exemplo, não consegue dormir direito, por ficar pensando naquela situação o tempo inteiro, destaca a especialista. “Descansar pouco não estabelece um metabolismo basal necessário e, com isso, há maior ganho de peso, e a oxigenação cerebral piora”, afirma.
Durante a pesquisa, em parceria com o Instituto Rand Europe, os cientistas analisaram 21 mil funcionários de empresas que participaram do concurso ‘A empresa mais saudável da Grã-Bretanha’, no qual relatavam quais eram seus hábitos. A partir deste levantamento, os pesquisadores detectaram que o melhor desempenho no trabalho era daqueles que dormiam entre sete e oito horas toda noite. Além disso, os cientistas se surpreenderam ao ver que fumar, tomar bebidas alcoólicas e se alimentar mal não interferiam tanto na produtividade do profissional.
No caso do álcool, a neurologista Andrea Bacelar ressalta que o resultado vai depender da quantidade ingerida. “Tomar uma cerveja depois do trabalho não vai ser tão maléfico quanto dormir pouco. Mas, em excesso, o álcool diminui a glicose do sangue, afetando o funcionamento do cérebro”, diz. A especialista afirma que, se uma pessoa não tiver boa noite de sono, não consegue recompor as energias para o dia seguinte. Com isso, não há um restabelecimento das funções neurológicas, o que traz prejuízos ao organismo, como hipertensão, diabetes, maior irritabilidade e falta de concentração.“Com tantas obrigações e informações que recebemos no dia a dia, estamos tendo uma privação crônica de sono. Deitamos cada vez mais tarde e acordamos muito cedo, o que compromete o descanso. No dia seguinte, não conseguimos assimilar os conhecimentos. É preciso restabelecer a memória”, destaca.
Para evitar a queda de desempenho, o ideal é ‘desacelerar o cérebro’ antes de se deitar, além de dormir de sete a oito horas. Segundo a neurologista, as pessoas precisam se distanciar principalmente do e-mail e do celular à noite. “Fazer exercícios físicos à noite também prejudica o sono”.
Problemas financeiros acabam com a concentração
A pesquisa britânica mostrou que a preocupação com problemas financeiros pode em alguns momentos superar os malefícios de uma noite maldormida. Uma pessoa endividada geralmente também não dorme bem e pensa muito no assunto durante o dia, o que pode desviar a sua atenção, explica Andrea Bacelar. “Há grande preocupação, e isso afeta a concentração”, acrescenta a neurologista.
Além disso, os pesquisadores enumeraram outros itens que interferem na produtividade no trabalho: estar acima ou abaixo do peso; ser sedentário; não se alimentar bem; ter sintomas de depressão; ser alvo de bullying; não ter boa relação com os colegas de trabalho; receber muitas tarefas difíceis; ser hipertenso; e ter pelo menos um dano muscular.
Segundo Andrea, todos esses fatores estão, de alguma forma, envolvidos com a má qualidade de sono. Quem tem problemas financeiros, por exemplo, não consegue dormir direito, por ficar pensando naquela situação o tempo inteiro, destaca a especialista. “Descansar pouco não estabelece um metabolismo basal necessário e, com isso, há maior ganho de peso, e a oxigenação cerebral piora”, afirma.
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